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A resolução do problema deve envolver o Governo, as Câmaras Municipais e os hospitais. Aliás, A Ponte já estáa trabalha num projecto, juntamente com as autarquias locais, no sentido de “tirar” os doentes mentais da rua.
“Vamos ter que trabalhar também com os hospitais centrais da Praia e de São Vicente, no sentido de ver as condições de alojamento dos doentes mentais. Para além disso, o Governo também tem que ajudar-nos a encontrar soluções para o lar dos doentes mentais. No país há muitos doentes mentais que não têm lar nem família, e é preciso resolver essa situação com urgência”, alerta.
No país existem dois principais centros de acolhimento de doentes mentais, um em São Vicente e o hospital Trindade, na Praia. O acesso a essas unidades, a nível de transporte e comunicação é outra questão a resolver.
A falta de psiquiatras em número suficiente é outra preocupação.
“Há falta de psiquiatras aqui em Cabo Verde. Evoluímos muito na saúde mas nesse aspecto temos muita falta. Imagina que temos apenas dois psiquiatras no hospital da Trindade", lamenta.
Eduíno Moniz promete intervir junto do Governo para tentar resolver a questão da falta de médicos especialistas.
No que diz respeito ao número de pessoas que sofrem de transtornos mentais no país, o presidente da A Ponte não fala em estatísticas, mas diz que a percepção é que o número tem aumentado.
“Nós temos a percepção de que os doentes mentais aumentaram muito, pelo menos nos centros urbanos, sobretudo Praia e São Vicente”, afirma.
Eduíno Moniz lembra que o combate aos factores que prejudicam a saúde mental não envolve apenas os profissionais de saúde mas toda a sociedade.
