Segundo defendeu o presidente da OPACC, o novo cenário em Cabo Verde suscita uma revisão do estatuto da Ordem, tendo em atenção as evoluções tecnológicas, e a implementação das normas internacionais e adequação às legislações que vão sendo produzidas.
“Evidentemente, a realidade cabo-verdiana também exige que isso aconteça tendo em conta a perspectiva económica do país”, diz o presidente da OPACC, acrescentando também que o diploma já está na Assembleia Nacional.
Em relação à aprovação do documento, José Mário Sousa ficou mais confiante, conforme demonstrou, com a garantia dada, hoje, pelo primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva na abertura do II Congresso da OPACC.
Segundo José Mário Sousa, o II Congresso serviu para partilhar experiências entre os participantes e debater questões comuns e faz um balanço positivo.
“O impacto que tem, pela sala que está cheia desde manhã até agora. Todos os temas e paneis interessam a todos que estão cá. Trouxemos professores universitários, pessoas que têm experiência do PAFA do FIDEF, associações contabilísticas, experts contábeis, técnicos ligados à auditoria e contabilidade”, aponta.
Segundo o vice-primeiro ministro, Olavo Correia, que presidiu o acto de encerramento do II Congresso, há que implementar no país a cultura de melhores práticas num quadro de parceria com a OPACC.
“Com formação, informação, comunicação, trazendo especialistas de fora, partilhando conhecimento para que possamos fazer da boa governação empresarial, mas também da transparência, um acto de vida e uma forma de estar no mundo empresarial e no da política”, observa o ministro.
No acto de encerramento, Olavo Correia manifestou a vontade do Governo firmar parceria com a OPACC, visando a transformação de Cabo Verde num país modelo em matéria de transparência e da “boa governação empresarial”.
“A nível do Governo queremos estabelecer uma parceria com a Ordem para que possamos promover o bom governo corporativo a nível de todas as instituições que intervêm na economia e na sociedade cabo-verdiana”, afirma Olavo Correia.
Sobre os contábeis, conforme o vice-primeiro ministro, recai uma grande responsabilidade. “Da forma como as empresas possam ser governadas, bem ou mal, é que o jogo do nosso futuro será decido. Empresas bem geridas, bem governadas, é uma segurança enorme em relação ao nosso futuro”, diz Olavo Correia.