O coordenador técnico-científico falava hoje à imprensa, à margem do Atelier Sub-regional sobre os limites exteriores da plataforma continental para além das 200 milhas náuticas.
“Cabo verde criou a sua comissão em 2007, nós conseguimos fazer a submissão em 2014 e fomos fazer a defesa em Nova Iorque, em 2015.Essa foi uma primeira grande fase. Neste momento entramos numa fase de socialização, de divulgação, porque entendemos que envolver toda as instituições que tenham competências no nível do mar será uma mais-valia”, afirma.
O projecto envolve, além de Cabo Verde, outros países da sub-região africana, como Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné Conakry, Mauritânia, Senegal e Serra Leoa.
Questionado sobre a importância do alargamento da plataforma continental para além das 200 milhas náuticas, o secretário de Estado-Adjunto da Economia Marítima, Paulo Veiga, recorda que o Mundo está a virar-se para os Oceanos.
“Isto é de extrema importância. O mar tem riquezas que ainda estão por serem descobertas, exploradas, aí está a nossa riqueza e a nossa subsistência. A economia marítima não é só a pesca, como aqui foi dito, há recursos não vivos que não estão a ser explorados. Aqui falou-se em minérios mas também podemos falar no gás, no petróleo", sublinha.
O dossier conta com o apoio financeiro e técnico do governo da Noruega.
Uma plataforma continental é uma plataforma submarina pouco profunda, localizada nas margens de um continente. A correcta delimitação da plataforma continental é importante para a soberania de um país. A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar dispõe com um órgão técnico denominado Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC).