A acção, intentada por um grupo de operadores da área de hotelaria e restauração, deu entrada no juízo civil do tribunal de São Filipe, em Dezembro de 2013, tendo sido arroladas no processo a Associação Regional de Futebol do Fogo, o Estado de Cabo Verde, os municípios de São Filipe e dos Mosteiros e a Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF).
A primeira sessão de audiência e julgamento chegou a estar agendada para Maio de 2016 mas foi adiada devido à ausência de representação de algumas das partes.
A segunda audiência foi marcada para Junho de 2017. Então, o juiz civil do tribunal da comarca de São Filipe fez saber que na segunda marcação o caso seria julgado, ainda que na ausência de alguma das partes, mas o julgamento acabou por não acontecer, porque o Estado, uma das partes arroladas no processo, mostrou-se disponível para pagar as dívidas.
À data, as partes envolvidas no processo, através dos respectivos representantes, fizeram um levantamento de todas as dívidas pendentes e o dossier foi encaminhado para o Estado, através do Ministério dos Desportos, mas até a data, segundo o advogado dos operadores económicos, Manuel Roque Silva Júnior, não foi assinado qualquer acordo de pagamento, motivo pelo qual o caso regressa agora à justiça.
Ao todo, são doze os empresários que reivindicam o pagamento de dívidas, cujo valor oscila entre os 80 mil escudos e um milhão e 100 mil escudos. O valor total ascende a 5.424 contos, ao qual acrescem juros e custos processuais, o que coloca a dívida real acima dos 7 mil contos.
As dívidas resultaram de alojamento e alimentação das caravanas entre os dias 23 de Julho e 04 de Agosto de 2013 (com excepção da selecção do Maio que permaneceu por mais uma semana) na ilha do Fogo, devido a problemas com a viagem de regresso.