​Uso de substâncias psicoactivas acontece cada vez mais cedo

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,29 mai 2018 15:34

A secretária executiva da Comissão de Coordenação do Álcool e outras Drogas (CCAD) afirma que é cada vez mais real o cenário de uso precoce de substâncias psicoactivas no país, e pede o reforço das acções na prevenção.

Fernanda Marques fez estas declarações à imprensa à margem do seminário nacional sobre modelos de cuidados e tratamento das dependências de substâncias psicoativas, que decorre de hoje até 31 de Maio, na Cidade da Praia.

Segundo aquela responsável, neste momento, a idade dos dependentes que procuram tratamento encontra-se na faixa dos 20 a 30 anos.

Instada sobre o perfil dos que vão à procura de tratamento, Fernanda Marques explica que a situação dos dependentes das substâncias psicoativas é algo que toca a todos.

“É preciso termos esta consciência, que ninguém está imune. Temos uma população extremamente jovem e muitos deles tinham uma profissão e acabaram por perder o trabalho”, afirma.

Por sua vez, a coordenadora nacional do Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crime (UNODC), Cristina Andrade, lembra que o uso e abuso de álcool e outras drogas constitui um “problemas significativo” de saúde pública.

“As substâncias psicoactivas interferem não somente a nível biológico, mas em todo o contexto psicossocial dos indivíduos que as consomem, tornando-os vulneráveis às situações de risco” indica a especialista, acrescentando que esta situação acarreta “graves consequências”, principalmente para adolescentes e adulto-jovens.

Na sua perspectiva, um dos “grandes desafios globais” da actualidade vai no sentido de se pensar políticas públicas relacionadas ao uso problemático de drogas e encontrar respostas “eficazes e equilibradas”.

Para Cristina Andrade, a existência de serviços “mais acessíveis” e com “menos estigma” pode ajudar a reduzir o uso de medidas legais para fazer com que as pessoas, que necessitam de tratamento, iniciem o processo.

O UNODC e a Organização Mundial de Saúde destacam a disponibilidade e a acessibilidade como “princípios necessários” para o tratamento efectivo da dependência química.

A coordenadora do ONUDC em Cabo Verde adianta ainda que algumas pesquisas feitas mostram que investir em tratamento gera economia em termos de redução de vítimas de crimes e dos gastos com o sistema de justiça criminal.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,29 mai 2018 15:34

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  30 mai 2018 9:49

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