Desde o ano passado que os alunos do 7º ano de escolaridade deixaram de pagar as propinas, e, este ano, é vez daqueles que vão frequentar o 8º ano de escolaridade.
Em conversa com os jornalistas, a propósito da reunião do Conselho do Ministério, que decorre na Cidade da Praia, a ministra disse que o objectivo do Governo é levar a cabo esse processo de forma gradual, sendo que a intenção é garantir a isenção generalizada no ensino secundário.
“A educação deve ser sempre inclusiva, e, desta forma, temos de garantir que os nossos alunos tenham melhores condições e também garantir que os familiares estejam melhor. Neste sentido, neste ano lectivo, os alunos do 8º ano de escolaridade deixam de pagar própria”, anunciou Maritza Rosabal.
O grande objectivo desta medida, salientou a governante, é combater o abandono escolar, que conforme indicou, é mais expressivo no ensino secundário.
“Os dados mostram uma ligeira diminuição dos abandonos, facto que consideramos muitíssimo importante, sobretudo a nível do ensino secundário, onde o abandono tem sido mais expressivo. Estas descidas mostram que está-se a ser mais eficaz no relacionamento com os alunos e na inclusão”, disse.
Durante três dias, o Conselho do Ministério, que integra delegados do Ministério de Educação de todos os municípios do país, vai analisar os resultados do ano lectivo findo, concelho a concelho, analisar os desafios de cada região e estabelecer directrizes para os ultrapassar.
Segundo Maritza Rosabal, de forma global, os resultados foram positivos, com melhorias, sobretudo, no 1º e 5º anos de escolaridade, e uma manutenção da situação a nível do ensino secundário.
Além da isenção de propina aos alunos do 8º ano de escolaridade, o novo ano lectivo vai ser marcado pelo reforço da vertente tecnológica nas escolas. Neste sentido, a governante promete que 44 laboratórios tecnológicos vão estar a funcionar nos estabelecimentos educativos, visando também a questão da inclusão dos alunos.
Em termos de manuais escolares adiantou que está-se a ter “muito cuidado”, por forma evitar situações registadas no ano passado.
“Vão sair novos materiais, este ano, que são experimentais, no caso do 2º, 6º e no 8º anos de escolaridade. Também há uma melhoria nos programas e materiais de 5º ano, caso do Português e da Matemática. Então, está esse processo a decorrer de forma normal”, explicou.
Os cadernos e os manuais já consolidados vão ser colocados para venda nas livrarias, mas os materiais experimentais devem ser adquiridos nas escolas.