Segundo o comandante, citado pela Lusa, apesar da inexistência de uma legislação nacional, os grandes prédios que existem na cidade da Praia "acabam por ir beber à legislação portuguesa".
"Os edifícios com mais de três, quatro ou 10 andares têm de ter os meios próprios de combate a incêndio, desde a coluna seca, todo o equipamento interno, bocas de incêndio", disse.
Mas, na falta de legislação, os bombeiros não podem obrigar os proprietários a respeitarem essas normas internacionais, que ainda assim muitas vezes são seguidas.
"Quando temos legislação, já é possível obrigar as pessoas. Não podemos obrigar. Uma coisa é obrigar e outra sensibilizar", adiantou à agência de notícias.
Apesar desta lacuna, os bombeiros realizam as vistorias, baseando-se na legislação internacional, nomeadamente portuguesa, e o resultado, até ao momento, tem sido positivo.
"Por acaso tem havido muita recepção, mesmo sem a legislação. Há muita abertura quando aconselhamos sobre os meios que devem utilizar", sublinhou.
Anualmente, esta corporação responde a 200 ou 300 incêndios que são, aliás, a face mais visível do Serviço Municipal de Protecção Civil na Praia.