A AILPcsh foi criada na sequência de onze Congressos Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais cuja primeira edição remonta a 1990. As principais actividades da associação são a organização do seu Congresso, em regime de itinerância entre os países de língua oficial portuguesa e a criação de plataformas de incentivo e promoção de redes de pesquisa e publicações.
O propósito da Associação é afirmar-se como um canal de política científica fundamental na promoção de um espaço de cooperação entre os cientistas sociais de Língua Portuguesa.
A nova presidente define como prioridades da sua equipe directiva a captação de financiamentos externos, a criação de redes de pesquisa e o fomento de eventos locais, regionais, globais e temáticos.
“Foi com satisfação que aceitei o desafio para encabeçar uma lista de candidatura à AILPcsh no âmbito da Assembleia Geral que decorreu em finais de Dezembro em São Paulo, Brasil, e fico satisfeita pela equipa eleita cujos integrantes da lista são originários de diversos países que fazem parte da CPLP”, diz Eurídice Monteiro.
Na lista de investigadores que assumem os destinos da organização nos próximos 4 anos figuram José Manuel Mendes (FEUC, Portugal), Isabel Maria Casimiro (UEM, Moçambique), Raul Mendes Fernandes (UAC, Guiné-Bissau) e Benjamin Xavier de Paula (UF Uberlândia, Brasil) na Mesa da Assembleia-Geral; Eurídice Furtado Monteiro (Uni-CV, Cabo Verde), Jacqueline Freire (UFPA, Brasil), Carlos Cardoso (CESAC, Guiné-Bissau), Ricardo Cardoso (Yale-NUS College, Singapura), Flávia Brito do Nascimento (USP, Brasil), Odair Barros Varela (Uni-CV, Cabo Verde) e Gertrudes Oliveira (Uni-Piaget, Cabo Verde) na Direcção.
O Conselho de Política Científica é constituído por Cesaltina Abreu (UAN, Angola) e António Tomás (University of Cape Town, África do Sul); Marina Pereira de Almeida Mello (UNIFESP, Brasil) e Basilele Malomalo (UNILAB, Brasil); Iva Cabral (ULCV, Cabo Verde) e Nardi Sousa (Uni-Santiago, Cabo Verde); Artemisa Candé (UNILAB, Brasil) e Joacine Katar Moreira (INMUNE, Portugal); Carla Braga (UEM, Moçambique) e Maria Paula Meneses (CES-UC, Portugal); Deolinda Adão (UC Berkeley, US) e Idalina Baptista (Oxford, UK); Maria das Neves Ceita Batista de Sousa (ULSTP, São Tomé & Princípe) e Esterline Gonçalves (ULSTP, São Tomé & Princípe); Valentim Ximenes (UNTL, Timor-Leste) e Therese Tam (UNTL, Timor-Leste) e o Conselho Fiscal formado por Tiago Castela (CES-UC, Portugal), César Melo (Unicamp, Brasil) e Gilson Lázaro (UAN, Angola).
Eurídice Monteiro, 36 anos, doutorada em Sociologia pela Universidade de Coimbra Portugal e docente e investigadora na Universidade de Cabo Verde – instituição onde há um ano concorreu ao cargo de reitora - regozija-se com o facto de várias organizações científicas do sul global serem neste momento lideradas por mulheres.
“E assim vamos construindo um mundo com mais oportunidades para as mulheres em diversas áreas”, comenta a também escritora e colaboradora do Expresso das Ilhas ao elencar os nomes de Katharina Batthyny à frente do CLACSO - Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, da moçambicana Isabel Casimiro na presidência da CODESRIA - Council for the Development of Social Science Research in Africa e da libanesa Seteney Shami que dirige o ACSS - Arab Council for the Social Sciences, para além do seu próprio caso agora na chefia da Associação Internacional de Ciências Sociais e Humanas em Língua Portuguesa.