"A defesa dos dois visados deu entrada com o recurso junto do Supremo Tribunal de Justiça por entender que as penas continuam exageradas”, avançou à Inforpress fonte da defesa.
Os dois irmãos conheceram em Fevereiro de 2018 as suas sentenças, decretadas pelo Tribunal da Praia. Rui Alves, o mais novo, foi condenado a 33 anos de prisão. Flávio Alves a 14 anos e seis meses de reclusão.
Os suspeitos atraíam as suas vítimas com recurso a vários perfis falsos, criados na rede social “Facebook”.
“Nuno de Pina”, “Sinna Gonçalves”, “Nuno Gonçalves”, “Speed Gonçalves”, “Gonçalves Moahmed”, “Maurycio Marcovich” e “El Hommbre Marcovich” foram alguns deles, conforme apurado pela Polícia Judiciária.
Durante o processo da investigação, foram realizadas buscas às casas dos irmãos Alves, tendo sido apreendidos telemóveis, computadores e vários dispositivos de armazenamento, contendo imagens das vítimas sem roupa e acto sexual com os arguidos. Tudo isso funcionou como prova dos actos.
De entre as várias vítimas, a mais nova com apenas 13 anos, estava uma jovem que acabou por engravidar e depois abortar. Há outras jovens que perderam um ano lectivo, por causa das faltas não justificadas, que davam para poder satisfazer as ordens dos chantagistas.
Este é o primeiro caso de crime relacionado com o domínio do cibercrime e recolha de prova em suporte electrónico a ser julgado no país.