Redy Lima, membro da rede, explica que a ideia da realização do seminário surgiu em 2017, quando um grupo de activistas sociais e pesquisadores decidiu criar uma rede internacional para a promoção de debates e encontro de reflexão sobre os temas ligados ao racismo e colonialismo.
“A primeira edição decorreu em Brasil e contou com a participação de Brasil, Portugal Cabo Verde e Guiné-Bissau. Este ano estamos a promover a segunda edição em Cabo Verde, cujo primeiro dia será marcado pelo lançamento do livro e no segundo e terceiro dias teremos cinco painéis e duas conferências na Universidade de Cabo Verde”, indicou.
Conforme explicou, a África e o Brasil estão no plural por entenderem que “não existe uma única África”, mas sim um continente diverso, e um Brasil que na sua essência é um país com diversidade, referindo que Portugal, pela sua “unidade”, ficou com a denominação no singular.
A organização pretende com a segunda edição do Seminário Internacional Tecendo Redes Antirracistas – Áfricas, Brasis e Portugal criar uma plataforma de reflexão e de luta contra o racismo.
“Queremos com o evento discutir temas que não são abordados em Cabo Verde, nomeadamente a questão racial, que ainda é um tabu na nossa sociedade. Perspectivamos com este evento mostrar que é possível fazer a produção de pesquisas fora do ambiente universitário”, realçou.
O Seminário Internacional Tecendo Redes Antirracistas – Áfricas, Brasis e Portugal é promovido pelo “Koletivu Nhanha Bongolon”, em parceria com o Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília, Centro de Estudos Amílcar Cabral de Guiné-Bissau e Fundação Amílcar Cabral.