Na data em que se assinala o Dia Mundial da Limpeza, o presidente da ADAD aponta o dedo ao que está mal no país em termos de saneamento. Januário Nascimento, em declarações à Inforpress, à margem da campanha de limpeza que decorreu este sábado na Prainha, deu como exemplo o Aterro Sanitário da Ilha de Santiago, no concelho de São Domingos. Foi construído em 2010, inaugurado com “pompa e circunstância” em 2015, mas, até agora, diz o responsável, “não funciona correctamente”.
Por isso, sublinha, é preciso repensar a questão do saneamento em Cabo Verde, apresentar projectos concretos e também pensar bem os planos para as outras ilhas, particularmente Santo Antão.
“Temos de aprender com os erros da de Santiago, porque, neste momento, o aterro sanitário não funciona convenientemente e eu já disse isso várias vezes que, neste momento, é necessária uma segunda lixeira da Praia e ela precisa, de facto, de estar em funcionamento para ajudar a resolver os problemas de saneamento na ilha de Santiago”, criticou.
O responsável alerta que é essencial que cada município faça a separação do lixo ou que este seja feito no aterro sanitário, o que, diz, não está a acontecer.
Criticas ainda para o facto de boa parte dos lixos ser levado para o mar, o que, reforça Januário Nascimento, está a criar um sério problema ambiental no oceano.