Redução da Taxa de mortalidade infantil atinge meta prevista para 2021

PorSheilla Ribeiro,14 nov 2019 11:38

O Ministro da Saúde de da Segurança Social, Arlindo do Rosário, congratulou-se hoje com a redução da taxa de mortalidade infantil de 20,3 por mil, em 2014, para 13 por mil, em 2018, tendo atingido a meta prevista para 2021.

Arlindo do Rosário que falava durante a abertura do Atelier da restituição de avaliação da qualidade dos cuidados de saúde materna, neonatal e infantil em Cabo Verde, disse ainda que a mortalidade neonatal precoce diminuiu de 10,8% para 6,3%. A taxa de mortalidade perinatal decresceu de 25% para 19,1%.

“As altas taxas de cobertura de pré-natal e de partos institucionais (98%, nos últimos anos), os programas de imunização e de promoção do aleitamento materno, são também factores que têm contribuído para a redução da mortalidade na infância”, apontou.

Relativamente à mortalidade materna, segundo o governante, tem havido flutuações, entretanto, a gravidez na adolescência tem-se mantido “praticamente” estável em torno dos 18%.

No geral, “são ganhos importantes, consistentes e que espelham por um lado a importância que os sucessivos governos têm dado ao sector da saúde, mas, sobretudo a grande contribuição e envolvimento dos profissionais de saúde”, declarou indicando que esses ganhos não podem esconder as “fraquezas” e os “constrangimentos” existentes.

Conforme fez saber a mortalidade neonatal precoce, ocorrida na primeira semana de vida, é o componente “mais importante” da mortalidade infantil e representa mais da metade das mortes infantis. Arlindo do Rosário indicou ainda a prematuridade como uma das principais causas de óbitos infantis ocorridos na primeira semana de vida, assim como a asfixia/hipoxia e as infecções perinatais.

“Este aparente paradoxo, conhecido como paradoxo perinatal é explicado pelos erros de procedimentos, ausência de normatização das condutas que desembocam no uso crescente e inapropriado de tecnologias que podem levar a intervenções iatrogénicas e seus danos subsequentes para além de gastos desnecessários em exames complementares, medicamentos e insumos”, esclareceu.

O ministro chamou ainda a atenção para a necessidade de institucionalizar a investigação de todas as mortes maternas e infantis, à semelhança dos países que conseguiram reduzir “drasticamente” a mortalidade materna e infantil.

O Atelier da restituição de avaliação da qualidade dos cuidados de saúde materna, neonatal e infantil em Cabo Verde realiza-se na sequência da avaliação da qualidade dos cuidados de saúde materna, neonatal e infantil realizada nos Hospitais centrais, hospitais regionais e centros de saúde de 14 a 26 de Outubro de 2019.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,14 nov 2019 11:38

Editado porSara Almeida  em  15 nov 2019 14:19

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