Este posicionamento foi assumido numa missiva enviada à Inforpress, onde José Jorge Pina sugere, entretanto, a formalização dos indivíduos com condições para legais e financeiros para o efeito.
Na mesma carta, o signatário afirma que tem ocorrido, nos últimos dias, “uma activação mais consistente” de campanhas e medidas de proibição da venda de divisas por indivíduos não autorizados legalmente por autoridades competentes.
Com igual acuidade, disse, vem-se discutindo a hipótese de legalizar a produção e consumo condicionados de canábis.
A legalização irá, segundo defendeu José Jorge Pina, potenciar “enormes ganhos” em termos de emprego, de produção de matéria-prima para a indústria medicinal e de rendimento de vastas famílias nos espaços urbanos e rurais, “dificilmente colmatáveis por programas económicos alternativos do governo e municípios”.
Na mesma missiva, o presidente da Pró-Praia escreveu julgar que os objectivos de maior controlo às actividades em questão foram já atingidos por países que o impuseram e confirmaram-se as vantagens apontadas no momento das ponderações efectuadas para se avançar com o processo.
“Vi em Abuja e em Dakar quiosques oficiais a processarem venda (legal) de divisas e não creio que essas actividades tenham sido descontinuadas”, continuou José Jorge de Pina, acrescentando que, se o papel do Estado no que diz respeito a divisas é ter o controlo da massa monetária em divisas transaccionadas no país e a contrafacção, não crê que a legalização venha impedir esse controlo.
De igual modo, defendeu a mesma fonte, o condicionamento de produção, venda e consumo de canábis proporcionará ao Estado “melhores garantias” de controlo dessa actividade, folgando boa parte de dispendiosos esforços dos departamentos de justiça e da polícia na governação do tráfico actual dessa droga leve em Cabo Verde.
“Os ganhos económicos que o Estado extrairá, via impostos, servirão para complementar dispêndios da saúde, justiça, desporto e doutras actividades com escassos fundos para funcionar”, defendeu.
Finalizando, José Jorge de Pina apelou a todos para que, de “mente aberta”, se abram a mais essa “janela de oportunidades” que, disse, “ancorará a modernização e a redinamização das actividades económicas (turismo, finanças, comércio, dentre outros) em curso no arquipélago”.