A missão, composta por geólogos e especialistas em matéria de água, vai trabalhar com a Associação de Desenvolvimento e Solidariedade (ASDE) e Águabrava na identificação de novos pontos de água a partir da quota dos 300 metros de altitude, para futura exploração, sobretudo para agricultura.
A ASDE é proprietária da Vinha Maria Chaves e está interessada em executar um furo para abastecer os mais de 20 hectares de área coberta (equivalente a 20 campos de futebol) com vinha, mas também para que a Águabrava possa disponibilizar água em maior quantidade a outros operadores do sector de regadio.
O Departamento de Terra da Universidade de Turim, segundo a administradora da ASDE, Maria da Graça, tem uma “grande experiência” e está na posse de muitos estudos sobre a ilha do Fogo e Cabo Verde.
Acrescentou, que o trabalho que os especialistas irão realizar vai ser uma mais-valia para o sector, e são portadores de equipamentos que permitam identificar possíveis linhas de água acima dos 300 metros.
A Águabrava, segundo o seu administrador/delegado, Rui Évora, convidou o engenheiro Arrigo Querido, que durante anos esteve ligado à exploração de água na ilha do Fogo, para acompanhar os especialistas italianos nesta missão.
A Vinha de Maria Chaves é um dos projectos da ASDE que ocupa uma grande área de vinhedos cultivados através do sistema de rega gota-a-gota e desde a sua instalação tem deparado com problemas de escassez de água que tem reflectido na produção.