“Cabo Verde tem uma incidência elevada e uma tendência forte de crescimento de casos que tem provavelmente o risco da circulação da variante inglesa que é muito mais transmissível” disse Óscar Felgueiras, matemático e professor universitário na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, em entrevista à TCV.
Tudo isto junto serão os “ingredientes suficientes”, segundo este cientista, para que se justificassem “no geral medidas mais restritivas”.
Para Óscar Felgueiras estes dados indicam que será quase inevitável que a situação epidemiológica, em Cabo Verde, “tenha um agravamento nos tempos próximos” justificada por “uma incidência elevada, de um crescimento forte” do número de casos, “de uma positividade acima dos 20% que indicia subnotificação” o que significa que “não se estão a conseguir detectar os casos da mesma forma que se detectavam quando a positividade estava mais baixa”.
Este cientista refere ainda que “aliando estes três factos com a circulação de uma nova variante (inglesa) que é mais transmissível, eu creio que será difícil, por enquanto conter o aumento de novos casos”.