Cabo Verde volta a fixar preços de farinha de trigo e do milho para travar subidas

PorExpresso das Ilhas, Lusa,1 jun 2021 15:10

O saco de 50 quilos de farinha de trigo é fixado em 2.380 escudos e o milho de segunda em 1.600 escudos
O saco de 50 quilos de farinha de trigo é fixado em 2.380 escudos e o milho de segunda em 1.600 escudos

Resolução do Conselho de Ministros, que entrou esta terça em vigor, substitui medida idêntica que vigorava desde 20 de Março, e aprova “medidas adicionais” de compensação financeira pelo Estado às empresas importadoras de Produtos Alimentares de Primeira Necessidade (PAPN)

O Governo voltou a fixar preços para a venda de farinha de trigo e milho até final do ano, para garantir o acesso a “alimentos de primeira necessidade”, e impedir aumentos provocados pela pandemia de covid-19.

Em causa está a necessidade de “manutenção dos preços” de alguns produtos, desde logo a farinha de trigo, que têm registado alterações no mercado internacional durante o período da pandemia de covid-19, justifica o governo no mesmo documento.

Assim, o saco de 50 quilos de farinha de trigo é fixado em 2.380 escudos e o milho de segunda em 1.600 escudos, permanecendo a resolução válida até 31 de Dezembro de 2021.

Caberá ao Secretariado Nacional para a Segurança Alimentar e Nutricional negociar o processo de fixação de preços com as empresas importadoras, com base no acompanhamento dos preços a nível nacional e internacional, e ao Ministério da Finanças definir os moldes de compensação.

Na resolução, o governo recorda ainda que o reforço da fiscalização, o acompanhamento “apertado dos preços” dos PAPN, para “evitar o açambarcamento e rutura de abastecimento”, bem como “a manutenção e estabilidade dos preços”, foram medidas prioritárias desde o início da pandemia, para mitigar as consequências económicas e sociais.

“Os preços dos produtos alimentares têm tido aumentos graduais no mercado internacional, provocados pelas incertezas inerentes à pandemia, pela retenção da oferta nos principais países exportadores, pelo aumento dos preços dos transportes mercantis, mas também na redução da oferta de cereais devido à elevada procura e diminuição da produção mundial devido aos maus anos agrícolas”, lê-se na resolução.

Esta intervenção na formação de preços é ainda justificada pelo governo para “atenuar e evitar a sobrecarga das famílias no acesso financeiro aos alimentos de primeira necessidade, o que afetaria negativamente a sua situação da segurança alimentar e nutricional, em especial aquelas mais vulneráveis, neste período de pandemia da covid-19”, daí avançar com “um conjunto de medidas compensatórias que visam contribuir para a estabilidade de preços dos produtos alimentares de primeira necessidade no país”.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,1 jun 2021 15:10

Editado porJorge Montezinho  em  13 mar 2022 23:20

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