A apresentação do questionário foi feita pelo presidente do IANCV, José Maria Borges, tendo apontado que este questionário vai no sentido de perceber a situação dos arquivos do Estado, sendo a ideia lançar algumas questões que serão respondidas pelas instituições para saber como se tem gerido estes arquivos.
Conforme elucidou, os arquivos tem um ciclo de vida, pelo que o objectivo do IANCV é garantir que as informações produzidas nas instituições estejam adequadas.
Para isso, precisou, necessitam de informações para saber em que estado é que se encontram, de maneira que um dos mecanismos encontrados foi o lançamento do questionário junto dos serviços públicos, numa primeira fase reservada ao poder central.
“Vamos lançar junto dos ministérios este questionário, todos têm os seus estatutos e empresas públicas, portanto eles irão preencher este questionário depois nós iremos recolher as informações e a partir de aí tirar as conclusões para poder preparar um plano de acção”, sublinhou Borges.
O intuito é, segundo a mesma fonte, perceber de que forma todas as instituições do Estado estão a produzir documentação, que recursos financeiros e humanos têm para gerir a documentação e analisar se de facto a lei está a ser cumprida.
“A lei prevê a criação de arquivos intermédios nos ministérios, portanto queremos saber se isto de facto existe, senão qual é a resposta que podemos dar, e a única forma de saber é lançando o questionário”, sustentou José Maria Borges.
Para dar início aos trabalhos, avançou que será feita uma experiência-piloto com o Ministério da Agricultura, com duração prevista de uma semana.
Posteriormente irão disponibilizar o questionário aos ministérios durante um período de dois meses, de 01 de Setembro a 01 de Novembro, tendo em conta que o IANCV vai pagar para a disponibilização do mesmo online, para que todas as instituições de Cabo Verde recebam e preencham o questionário.
Neste sentido, este responsável apelou a todas as instituições a assumirem o compromisso de preencher este questionário no período estipulado, ressalvando que numa segunda fase irão trabalhar com o poder local.
Instado se não é um pouco tarde para este efeito, tendo em conta que há uma possibilidade de o País ter perdido já acervos importantes, o mesmo respondeu que “todos sabem como são os arquivos nas instituições” e que “agora é que é o momento”.
“Houve a recolha de arquivos de pré-independência cabe a nós agora recolher os arquivos produzidos pós-independência. A lei geral prevê 15 anos depois de produção de documentos então acho que vamos a tempo”, sintetizou José Maria Borges.