Segundo a universidade pública cabo-verdiana, a cerimónia vai decorrer nas suas instalações, em Palmarejo Grande, a partir das 15h30 de Cabo Verde.
Em Outubro de 2015, um total de 25 estudantes foram pioneiros na formação, mas apenas 17 chegaram ao fim, sendo que 15 vão receber as fitas, enquanto um é de nacionalidade brasileira e outro decidiu não tomar parte da cerimónia.
Quem vai estar presente é professor catedrático e pneumologista Carlos Robalo Cordeiro, director da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, parceira da primeira edição do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade de Cabo Verde.
Os estudantes, que receberam bolsa do Governo, fizeram os primeiros três anos em Cabo Verde, o 4º e 5º anos em Portugal e o 6º novamente no arquipélago, onde vão ficar a exercer, conforme protocolo entre os dois estabelecimentos de ensino.
Para a Universidade de Cabo Verde, trata-se de um “projecto ambicioso e ousado”, para “formar médicos de e para Cabo Verde”, na tentativa de colmatar a necessidade de médicos no sistema e consequentemente melhorar a qualidade dos cuidados prestados à população cabo-verdiana.
“Seis anos depois, a Universidade de Cabo Verde coloca no mercado de trabalho os primeiros médicos formados em Cabo Verde”, regozijou-se a universidade pública.
O primeiro Mestrado Integrado em Medicina, com a duração de seis anos, é uma iniciativa conjunta das universidades de Cabo Verde (UNI-CV) e de Coimbra (UC).
O curso arrancou com 25 alunos - 20 cabo-verdianos e cinco dos restantes países africanos de língua portuguesa -, seleccionados num universo de mais de 100 candidaturas e era exigida uma média de 17 valores.
Na altura do seu lançamento, a reitora da universidade cabo-verdiana, Judite Nascimento, salientou a importância da área da saúde no país e afirmou que o curso é o primeiro passo para criar uma faculdade de medicina no país.
O primeiro ano do curso teve um corpo docente de 14 professores - sete cabo-verdianos e outros tantos portugueses, com salário pago pela UC, enquanto a Uni-CV, com sede na Praia, arcou com um suplemento e despesas de deslocação e estadia dos docentes lusos.
Na altura, o então primeiro-ministro, José Maria Neves, estimou que em uma década será possível ter professores de medicina e médicos formados no país, abrindo novas possibilidades para o ensino e a investigação na área da saúde.
“O que nós queremos é daqui a 10 ou 15 anos termos professores cabo-verdianos formados com este projecto para darem aulas, fazer a regência das cadeiras e também fazer investigação", disse o agora Presidente da República eleito de Cabo Verde.
Criado com o apoio do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), o curso tem ainda como parceiros o Hospital Agostinho Neto, na Praia, e a Ordem dos Médicos de Cabo Verde (OMCV).