Aos jornalistas, a coordenadora do inquérito, Dulcineia Trigueiros, afirmou que o objectivo da formação é capacitar os agentes de terreno na recolha de informações e amostras de forma correcta para obter dados actualizados e de qualidade.
No total estão sendo formados 26 agentes de terreno, constituído por médicos e técnicos de laboratório.
Quanto a recolha dos dados, disse que arranca na próxima segunda-feira, 22, até 10 de Dezembro.
O inquérito, segundo Dulcineia Trigueiros, é a nível nacional, com amostras de 65 Jardins e 66 escolas básicas.
“A idade das crianças é de 4 a 12 anos porque reflectem melhor essa situação da população”, avançou.
Por sua vez, a Directora Nacional da Educação, Eleonora Sousa, declarou que o Ministério da Educação tem vindo a trabalhar com coordenação com o Ministério da Saúde, quer na vacinação, quer na desparasitação, quer agora no inquérito para se avaliar a prevalência do iodo nas nossas crianças, nesta faixa etária.
“Relativamente a carência do iodo, nós sabemos as consequências na saúde mental das nossas crianças, a carência de iodo provoca distúrbios mental. Então, quanto mais cedo forem prevenidos melhor. Daí que desde 2010 foi realizado a nível dos jardins e das escolas do ensino básico atendendo as crianças dos 4 aos 12 anos de idade e nós estamos totalmente engajados”, frisou.
A desparasitação em massa vem sendo implementada em jardins-de-infância e escolas do ensino básico, desde 2007.
Com os resultados do inquérito sobre a prevalência das parasitoses intestinais em Cabo Verde, realizado em 2012, verificou uma diminuição da prevalência de helmintos de 50% para 21%, o que levou à redução das campanhas anuais de desparasitação de duas para uma, de acordo com as orientações da OMS.
Em relação à carência de iodo, segundo o inquérito realizado em 2010 a prevalência do bócio global passou de 25% para 7,6% e o bócio visível 5% para 0,8%.