“É um desafio que temos de enfrentar com muita determinação e garra e vamos tudo fazer para que possamos implementar este projecto que vai mudar substancialmente o panorama do futebol nacional”, indicou Mário Semedo.
Revelou ainda que tem na forja outros projectos a nível social, que é a “formalização do projecto futebol solidário” dirigido sobretudo para os antigos atletas.
“No mandato anterior, tivemos uma intervenção que acabou por ter um desfecho favorável com a inclusão na lei da possibilidade de os ex-atletas habilitarem-se a uma pensão”, afirmou Mário Semedo, que prometeu, nos próximos tempos, anunciar outros projectos.
Assegurou, por outro lado, que tem um projecto para uma escola de governação, não só para dirigentes, mas também para os demais dirigentes agentes desportivos que têm uma “envolvência directa com o futebol”.
“Temos ainda desafios a nível do empoderamento das associações regionais de futebol”, frisou Mário Semedo, lembrando que no mandato anterior havia avançado com a distribuição dos meios dos transportes para as regiões desportivas, numa perspectiva de apoiar a deslocação das equipas durante as competições.
Segundo ele, muitas vezes os atletas eram transportados em viaturas sem as condições ideais para o efeito e, agora, “têm um autocarro que lhes possibilite um transporte mais condigno, com mais conforto e mais seguro”.
“A nível dos clubes, temos um projecto que é fundamental, que é o recenseamento dos clubes. Não podemos continuar com o número de clubes que temos, que é superior a 150”, apontou o recém-empossado presidente da FCF.
Para Semedo, é “inconcebível” que um país como Cabo Verde tenha tantos clubes, enquanto Senegal, com 15 milhões de habitantes, tem muito menos clubes que o arquipélago.
Referindo-se à nova equipa que vai dirigir os destinos da FCF nos próximos tempos, afirmou que a mesma é “dinâmica, experiente e credível”.
“Com esta equipa e com as parcerias que vamos desenvolver será possível atingirmos os nossos desafios”, admitiu Mário Semedo.
Instado se a FCF vai eliminar o excesso de clubes, respondeu: “Não vamos eliminar por decreto. O licenciamento de clubes tem um regulamento próprio e existem as exigências. E os clubes que não reunirem as condições não vão poder competir”.
“Isto não é uma exigência nossa ou por capricho próprio. É uma exigência da FIFA e da CAF”, esclareceu, acrescentando: “temos clubes com qualidade e que possam, de facto, contribuir grandemente para o desenvolvimento do futebol”.