A antiga e pequena embarcação de pesca de arrasto pelágico e de fundo foi construída em 1993 na Islândia e no ano seguinte, ao ser entregue ao Governo cabo-verdiano, passou para a responsabilidade do actual Instituto do Mar, mas estava parada desde 2015.
Uma nota do Ministério do Mar divulgada esta terça-feira, após a visita do ministro do Mar, Abraão Vicente, à embarcação, no Mindelo, refere que a intervenção no “Islândia” envolveu um investimento de nove milhões de escudos, financiado pelos apoios sectoriais da União Europeia e pelo Fundo Autónomo das Pescas, e deverá ficará concluída “em finais de Janeiro”.
Acrescenta que este investimento é feito no âmbito das “políticas do Governo para a consolidação das economias marítima e azul, através da investigação”.
“Em Fevereiro, após a devida certificação de navegabilidade, o ‘Islândia’ capacitará o Instituto do Mar de meios próprios para a realização de trabalhos de investigação em alto mar com a participação de técnicos e cientistas nacionais ou estrangeiros”, acrescenta-se na nota, sublinhando-se a importância de Cabo Verde receber “missões científicas estrangeiras”, mas mantendo “o seu projecto próprio no âmbito do estudo dos oceanos e das espécies marinhas”.
Antes da paragem, e já após a reforma sofrida entre 2006 e 2008, a embarcação servia como plataforma oceanográfica, permitindo realizar campanhas no Atlântico nordeste tropical, garantindo ainda a amostragem mensal no Observatório do Oceano de Cabo Verde.
Para viagens curtas, o “Islândia” conseguia acomodar até nove cientistas, mas para trabalhos de vários dias a acomodação era de cinco pessoas, tendo a bordo um pequeno refeitório, cozinha, dois quartos, abastecimento de água fresca e um pequeno laboratório, além de equipamentos técnicos utilizados nos levantamentos de dados oceânicos.