Para o primeiro-ministro, a infra-estrutura vai valorizar os alunos, valorizar os professores e incentivar ainda mais o ensino/aprendizagem no desenvolvimento do capital humano, sublinhando que o Liceu da Várzea é muito resiliente” e que já formou várias gerações, mas que a nova infra-estrutura terá “mais qualidade”, com soluções tecnologicamente mais avançadas, estruturas mais modernas e conceitos novos.
“Houve o cuidado de fazer com que este liceu nascesse nas proximidades do liceu actual, para evitar o desconforto de deslocações e para fazer com que a acomodação daquilo que é a oferta hoje do liceu não ficasse muito longe do nascimento desta nova obra, porque é importante garantir que na continuidade possamos melhorar ainda mais as condições do sistema do ensino”, afirmou.
Por sua vez, o ministro da Educação, Amadeu Cruz, considerou que é uma obra emblemática e que visa satisfazer as necessidades actuais do sistema educativo e modernizar aquilo que deve ser as infra-estruturas educativas do futuro, respondendo às necessidades da modernização, da valorização e da qualificação do sistema do ensino.
“Está em curso a reforma do ensino, desde o básico ao secundário, e pela primeira vez há uma reforma completa do sistema educativo e colocamos o foco nas tecnologias, nas línguas, nas ciências e na valorização da identidade da cultura cabo-verdiana”, frisou, entendendo que “este novo liceu procura responder a esses desígnios, sem esquecer a parte fundamental da inclusão e da inserção ecológica e ambiental nesses novos tempos das preocupações ambientais”.
O novo Liceu da Várzea, situada ao lado do Memorial Amílcar Cabral e da Biblioteca Nacional, irá ocupar uma área de 4.293,74 metros quadrados e três frentes livres, com uma área bruta de construção de 8.195,98 metros quadrados.
O estabelecimento de ensino estará dividido em três pisos, com 14 salas de aula, com capacidade para acolher 36 alunos cada, sendo que o piso zero será uma área de lazer, de secretaria, cantina e anfiteatro com capacidade para 180 lugares, o piso um será a ala administrativa, sala de exposição e biblioteca, e o piso dois será para as salas de aulas.
Ulisses Correia e Silva lembrou que o projecto da construção do novo Liceu da Várzea nasceu integrado dentro de um pacote maior, que tem a ver com a construção da nova embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Cabo Verde, um investimento muito forte de 439 milhões de dólares e que representa o “reforço de confiança dos EUA na sua relação com Cabo Verde e da estabilidade”.
Isso, porque essas obras acontecem na sequência de os Estados Unidos da América ter comprado o terreno onde se situa o actual e Liceu da Várzea para a construção da nova embaixada dos EUA, na Cidade da Praia.
“É um investimento que vai injectar na economia cabo-verdiana mais de 100 milhões de dólares e assim que arrancar estaremos a construir mais uma pedra muito forte nas relações de dois países que têm relações centenárias, que começaram há séculos, através da nossa diáspora”, frisou o primeiro-ministro.
O governante garantiu, também, que o executivo definiu como prioridade da política externa cabo-verdiana, as relações com os EUA do ponto de vista da economia, de investimentos, do comércio, da segurança e das relações com a diáspora.
Presentes no evento estiveram o embaixador dos EUA em Cabo Verde, Jeff Daigle, a ministra das Infra-estruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Silva, representantes de delegações escolares, professores e alunos do Liceu da Várzea que hoje completa mais um aniversário.