De acordo com os dados apresentados, se por um lado a ilha está bem posicionada em alguns aspectos, como o de consumo de frutas e legumes por dia, entre outros, o mesmo já não se pode dizer quanto à taxa de prevalência de pessoas com diabetes, uma vez que neste item Maio está em primeiro lugar, com 7,1 por cento (%) da sua população diagnosticada com a doença, contrapondo com a taxa a nacional que é de 3,7%.
Reagindo a estes dados, o delegado do Ministério da Saúde na ilha, Nilson Sanches, afiançou que estes números vão permitir à ilha conhecer em que aspecto é que está bem e precisa manter-se, assim como em que itens está menos bem e precisa corrigir para melhorar o estilo de vida dos maienses.
Para Nilson Sanches é preciso trabalhar mais a parte da mentalidade das pessoas, de modo a pensarem mais na questão da prevenção do que na doença, defendendo que após o conhecimento destes dados, o foco vai ser no combate a diabetes, consumo de álcool, tabaco, promovendo práticas de actividades físicas, a fim de diminuir o sedentarismo que ainda é considerado alto, de acordo com o inquérito.
“Temos que trabalhar mais com a camada jovem e neste sentido vamos ter que realizar actividades nas escolas com as crianças e adolescentes da ilha para que tenhamos uma mudança no futuro, tanto a nível da prática de actividades físicas como da alimentação saudável”, realçou, lembrando que a Delegacia já tem disponível o serviço da consulta oral.
Por seu lado, a responsável pela promoção da área da saúde da Organização Mundial da Saúde, Edith Pereira, explicou que o inquérito visa, sobretudo, apoiar aos países da sub-região africana a perceber como é que estão em termos de indicadores relacionados com os factores de risco das doenças não transmissíveis.
Conforme salientou aquela representante, “muitas vezes esses factores são comportamentais, ou seja, dependem do comportamento das pessoas, nomeadamente o uso abusivo do álcool, do tabaco, bem como de dietas pouco saudáveis e sedentarismo”, acrescentando que estas informações vão permitir aos países traçarem as melhores políticas para a prevenção destas doenças.
Destacou ainda que todos os dados precisam ser melhorados no país, mas que cabe a cada ilha apropriar das informações e ver quais são as mais preocupantes e os que devem ser mantidas, com vista a traçarem um melhor plano de acção, garantindo que a OMS vai continuar a seguir a implementação das acções em Cabo Verde.