2019 e 2020 com menos nascimentos

PorDulcina Mendes,14 abr 2022 10:40

Nos anos de 2019 e 2020 houve uma diminuição de nascimentos. Estes são os dados das "estatísticas vitais, nascimentos, óbitos e casamentos dos anos 2019 e 2020", divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

Segundo o INE, nos dois anos em análise (2019 e 2020), foram registados 17.222 nascimentos (nados-vivos), sendo 9.013, em 2019 (uma diminuição de 411 nascimentos face ao ano de 2018) e 8.209 em 2020, representando uma diminuição de 804 nascimentos em relação a 2019.

De acordo com o INE, em consequência, a Taxa de Natalidade (nascimentos por cada mil habitantes - %) apresenta uma diminuição de 17 nascimentos por cada 1.000 habitantes em 2018, para 16% em 2019 e 15%, em 2020.

E a Taxa Global de Fecundidade (TGF), ou seja, o número de nados-vivos registados por cada mil mulheres em idade fértil (15 a 49 anos de idade), apresenta uma redução nos últimos anos, em particular desde 2016, passando de 70,1% em 2016 para 62,2%, em 2019 e, finalmente, 56,2%, em 2020.

Já a idade média da mulher, ao nascimento de um filho (independentemente da ordem de nascimento) em Cabo Verde, tende a aumentar nos últimos anos, passando de 26,2 anos, em 2016, para 27,1, em 2019, e 27,4 anos, em 2020.

Conforme indica a mesma fonte, do total dos nados-vivos registados no período 2019-2020, cerca de 6,8%, em 2019, e 7,4%, em 2020 são filhos de pais em que, pelo menos, um dos progenitores é estrangeiro.

De acordo com as informações, estima-se que cerca de 7,7% dos nados-vivos registados, em 2019 e 7,3%, em 2020, foram feitos sem o nome do pai. Os concelhos do Maio e de Santa Cruz são os com maior proporção de registos de nados-vivos sem o nome do pai, 16,7% e 13,4%, respectivamente, em 2020.

Óbitos

O INE mostra que nos anos de 2019 e 2020, registaram-se 5.730 óbitos em Cabo Verde, sendo 2.771 em 2019 (que apresenta uma diminuição de 65 óbitos face aos registados em 2018) e 2.959 óbitos, em 2020, representando um aumento de 188 óbitos, face a 2019.

E consequentemente, a taxa bruta de mortalidade –TBM (óbitos por cada 1.000 habitantes - %) passou de 5,2‰ em 2018 para 5,0%, em 2019 e 5,3%, em 2020.

Conforme o INE, do total dos óbitos registados no período 2019-2020, 3.181 são do sexo masculino (55,5%) e 2.549 do sexo feminino (45,5%). “A prevalência de óbitos dos homens sobre as mulheres se verifica nos dois anos em análise onde 54,3% dos óbitos em 2019 e 56,6% dos óbitos em 2020 são relativos ao sexo masculino”.

Nesses anos registou-se, ainda, que mais de metade dos óbitos são de pessoas com 65 anos de idade ou mais: 59,6% em 2019 e 58,7% em 2020.

A taxa de mortalidade infantojuvenil (óbitos de crianças menores de 5 anos por cada mil nados vivos), apresenta uma diminuição de 2019 para 2020: em 2019 foi de 17,6‰ e em 2020, foi de 12,7 óbitos por cada 1.000 nados-vivos.

A taxa de mortalidade infantil (número de óbitos de menores de 1 ano, por cada 1.000 nascidos vivos) apresenta a mesma tendência: em 2020 ocorreram 11,3 óbitos por cada 1.000 nascidos vivos, traduzindo numa diminuição quando comparado com a ano anterior onde ocorreram 15,4 óbitos por cada 1.000 nascimentos.

A mesma fonte mostra que igual tendência se verifica a respeito da taxa de mortalidade neonatal (óbitos de crianças com menos de 28 dias por cada mil nascidos vivos), na ordem de 10,2%, em 2019, e 7,4%, em 2020.

A taxa neonatal precoce (óbitos durante 0-6 dias de vida por cada mil nascimentos), registada foi de 6,9 e 5,2 óbitos por cada 1.000 nascimentos nos anos de 2019 e de 2020, respectivamente.

Casamentos

O INE indica que nos anos de 2019 e de 2020 foram registados 3.751 casamentos, sendo 2.240, em 2019 (uma redução de 102 casamento em relação a 2018), e 1.115 em 2020 (uma diminuição de 729 casamentos face a 2019), traduzindo-se numa taxa bruta de nupcialidade (número de casamentos por cada 1.000 habitantes - %) de 4,3% em 2018, 4,1% em 2019 e 2,7% em 2020. 

Face aos dados recolhidos, nota-se que existe uma tendência para as pessoas se casarem cada vez mais tarde, independentemente do sexo, e, por conseguinte, observa-se um aumento da idade média ao casamento, a par de uma diminuição na diferença das idades médias dos nubentes.

A idade média do casamento nas mulheres aumentou de 35 anos, em 2019, para 36, em 2020, e nos homens subiu de 39 para 40 anos no mesmo período.

Do total de casamentos celebrados nos dois últimos anos (2019 e 2020), verifica-se que, a maioria refere-se a primeiros casamentos, ou seja, os em que ambos os nubentes são solteiros. Em 2019, estes representam 84,1% e em 2020 representam 85,8% do total dos casamentos.

Nos dois anos em apreço, a maioria dos casamentos celebrados foram na forma civil, onde 94,2% dos casamentos realizados em 2019 e 97,2% dos realizados em 2020, são respeitantes a esta forma de celebração.

No que diz respeito ao regime de bens acordado pelos nubentes, constata-se que, nos dois anos acima indicados, a maioria dos casamentos (43,3%) foram realizados em regime de comunhão de bens adquiridos.

Os casamentos em comunhão geral de bens representam 36,0%, enquanto os celebrados em regime de separação de bens correspondem a 9,1%. Em 2020, do total dos 1.511 casamentos registados, observa-se que 41,8% foram em regime de comunhão de bens adquiridos, 39,6% em regime de comunhão geral de bens e 9,0% em regime de separação de bens.

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Autoria:Dulcina Mendes,14 abr 2022 10:40

Editado porA Redacção  em  15 abr 2022 8:30

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