O evento, que teve lugar hoje, na Cidade da Praia, em parceria com a Enapor, segundo o presidente da ADAD, Januário Nascimento, em declaração à Inforpress, é para celebrar o Dia da Terra e alertar para a necessidade de mudar o clima empresarial, o clima político e a forma de tomar as medidas no que respeita ao clima.
“Nós queremos evoluir, chamar a atenção para a preservação dos oceanos, em parceria com todos os parceiros, as instituições públicas e privadas, unir forças para preservação e sensibilização para a questão ambiental”, frisou.
Na mesma linha a bióloga marinha, Edita Magileviciute, insiste na sensibilização dos pescadores, envolver esta classe na monitorização participativa, onde recolhem os dados científicos para as pesquisas, e ao mesmo tempo aprendem sobre a importância das espécies como tubarões e búzios no eco-sistema marinho.
“Por exemplo na Baía de São Francisco notamos alterações, temos indicadores sobre pesca, observação de barcos semi-industrial, barcos com rede que entram na baía e acabam prejudicando a preservação marinha. Então temos que insistir, e concentrarmos não só na monitorização e educação, mas principalmente na fiscalização concreta”, informou.
Os últimos dados mostram que em Cabo Verde tem 21 áreas marinhas protegidas, o que, segundo a bióloga marinha, significa que o País tem aproximadamente 6,6 por cento (%) de águas territoriais protegidas.
Edita Magileviciute insiste que trabalhar na fiscalização e sensibilização das comunidades que fazem uso destas áreas protegidas é essencial para a preservação e respeito do eco-sistema marinho.
A nível mundial, segundo a mesma fonte, o objectivo é ter 30% das águas protegidas até 2030, pelo que, considerou, o País tem ainda um longo caminho a percorrer, porque o que se tem hoje não é suficiente para se declarar que Cabo Verde é uma área protegida.
“Precisamos de mais fiscalização, e mais respeito pelos recursos marinhos, terrestres e costeiros, se não nada no papel vai funcionar na prática”, explicou.
A bióloga marinha aproveitou a data em que se celebra o Dia da Terra, sob o lema “Investir no Planeta”, para apelar para que todos contribuam na preservação e cuidado do eco-sistema marinho.
“A mensagem é para que todos tenhamos curiosidade! Quando somos curiosos aprendemos, quando aprendemos, respeitamos, e assim começamos a cuidar”, apelou.
O Dia da Terra é comemorado este ano sob o lema “Investir no Planeta”, uma data para reconhecer a importância do planeta, e para reflectir sobre como podemos colaborar para protegê-la.