De acordo com a informação da IGP a que a Lusa teve acesso, a operação resultou de uma abordagem, em 21 de Abril, por inspectores daquela instituição a uma embarcação de pesca semi-industrial e outra de artesanal, ambas provenientes da ilha de Santiago.
O pescado apreendido “foi doado a diferentes instituições de cariz social e militar nas ilhas do Fogo e de Santiago, tendo sido elaborados os competentes autos de doação”, refere a informação.
“A abordagem, em plena actividade de pesca, ocorreu na costa este da ilha do Fogo, durante uma missão de fiscalização de pesca conjunta com a Polícia Marítima, utilizando a embarcação de patrulha marítima ‘Djarfogo’. As duas embarcações foram conduzidas ao Porto de Vale dos Cavaleiros, onde se procedeu à sua inspecção”, acrescenta a IGP.
Foram então “apreendidas cerca de três toneladas de pescado capturado de forma ilegal, assim como os equipamentos e artes de pesca utilizados na prática das infracções de pesca”, como redes de emalhar e 30 garrafas de mergulho e respectivos acessórios.
Segundo a IGP, será instaurado um processo de contra-ordenação que determinará as sanções a aplicar às duas embarcações envolvidas na prática de actividade de pesca ilegal.
Entre as infracções detectadas consta a utilização de artes de pesca não licenciadas ou proibidas, como as redes de emalhar e garrafas de mergulho, ainda a prática de actividade de pesca proibida de ‘pesca cross’, a pesca a menos de três milhas da costa, a utilização de rede com malhagem inferior à estabelecida na legislação, a utilização de mergulhadores não licenciados para a pesca de mergulho autónomo ou a inexistência de equipamento de monitorização a bordo da embarcação semi-industrial.