Em declarações à Rádio Morabeza, Heidilene Oliveira diz que o sentimento é de “missão cumprida”.
“Foi uma boa experiência, consegui alcançar todos os objectivos que tracei. Estou muito feliz. Os planos futuros passam pela preparação para o campeonato nacional, no mês de Julho, e depois trabalhar duro para baixar os meus tempos, com foco na obtenção dos mínimos para os Paralímpicos de Paris”, sublinha.
Questionado sobre os desafios na preparação para a participação no Mundial de Atletismo Paralímpico de Tunísia, Jailson Oliveira, guia e treinador de Heidilene Oliveira, afirma que são, sobretudo, ao nível de infra-estruturas adequadas para treinos.
“Em São Vicente, na nossa fase de preparação, encontramos muitos constrangimentos, porque temos que treinar na rua, por causa da deficiência dela [baixa visão], por causa dos carros, é muito perigoso. A parte mais importante tem que ver com a questão das curvas, não temos onde fazer curvas, vamos treinar no campo novo mas o piso é extremamente escorregadio, com buracos, a curva não é bem uma curva e lá ela não consegue treinar na velocidade de competição. Depois fomos à Praia, mas tivemos menos do que uma semana para trabalhar numa pista adequada. Não ajuda nada. Aqui treinamos apenas dois dias”, lamenta.
Cabo Verde esteve representado no Grand Prix Series’2022 por uma delegação composta pelos atletas paralímpicos Marilson Semedo, deficiente motor, e por Heidilene Oliveira e Jailson Andrade Correi, com os respectivos guias.
Para além de Heidilene Oliveira, também Jailson Andrade Correia (classe T11, cego total) conquistou um pódio na prova. O atleta, natural de São Domingos, ganhou a medalha de prata nos 400 metros.