“É renovada a situação de alerta em todo o país, com base na evolução da situação epidemiológica”, lê-se numa resolução do Conselho de Ministros, aprovada hoje e consultada pela Lusa, a qual “entra imediatamente em vigor”, após análise efectuada pela Direção Nacional de Saúde, sendo válida por três meses.
Na resolução, o Governo aponta os “riscos de maior propagação” do vírus SARS-CoV-2 “inerentes ao contexto de retoma económica e social, que se caracteriza nomeadamente por uma intensa dinâmica de circulação de pessoas”.
“Volvidos 90 dias, entende o Governo que as razões de fundo que haviam levado a que se decretasse a situação de alerta em todo o território nacional ainda se mantêm, pelo que se justifica proceder à sua renovação e, bem assim, assegurar a manutenção das medidas de prevenção que ainda se impõem como necessárias e adequadas à presente conjuntura, de contenção da covid-19 e de promoção da saúde pública”, refere-se ainda.
Cabo Verde voltou em 06 de Março à situação de alerta, o nível menos grave de três previstos na lei que estabelece as bases da Protecção Civil -, mantendo actualmente um nível mínimo de restrições devido à pandemia de covid-19, deixando de ser obrigatório a utilização de máscara na via pública e, já no final de Abril, também em espaços fechados, com excepção de hospitais, farmácias ou transportes públicos.
Em 06 de Março, o país contava com um total de 12 casos de covid-19 activos e um acumulado de 55.895 infetados que provocaram 401 óbitos por complicações associadas à doença desde o início da pandemia, em Março de 2020. Em 06 de Julho, o balanço do Ministério da Saúde contabilizava 618 casos ativos e um acumulado de 61.264 infectados, com 407 óbitos.
Cabo Verde registou em 29 de Maio a primeira morte por complicações associadas à covid-19 em mais de três meses (a anterior foi em 22 de Fevereiro), seguindo a tendência de aumento de novos casos de infeção.
O país atingiu um recorde diário de cerca de 1.400 novos infectados com o novo coronavírus num único dia em Janeiro passado, já com a nova variante Ómicron a circular, chegando então a registar mais de 7.000 casos activos, mas a situação melhorou rapidamente a partir da segunda semana de Janeiro.