ADECO apresenta Índice de Consumo Essencial

PorLourdes Fortes, Rádio Morabeza,26 jul 2022 18:59

A ADECO apresentou hoje, em São Vicente, o Índice de Consumo Essencial (ICE). Um instrumento que, segundo a Associação para a Defesa dos Consumidores, serve de indicador da evolução dos preços de um agregado de alguns bens e serviços mais relevantes para os consumidores.

Marcos Cruz, ex-presidente da ADECO e mentor da iniciativa, explica que o ICE permite medir o real impacto da variação dos preços no orçamento das famílias.

“O índice procura medir o custo de aquisição de bens e serviços essenciais para um cidadão adulto e o objectivo é mostrar a realidade do consumo em Cabo Verde. Retrata o custo real para uma pessoa com fracos rendimentos para que possa ter acessos aos bens e serviços”, comenta.

Conforme a ADECO , o ICE vai permitir comparar o custo de vida, dos bens e produtos essenciais face ao salário mínimo nacional nas diferentes ilhas.

“Queremos mostrar de uma forma mais objectiva o que é o consumo mínimo que uma pessoa pode ter. Vai nos permitir analisar a forma como a variação dos preços acontece, seguir o indicador e, de forma prática, entender o consumo das famílias”, refere.

O Índice de Consumo Essencial (ICE) incide num cabaz composto por cinco itens (alimentação, água, eletricidade, gás, comunicação e habitação), com as quantidades definidas pelo consumo mensal de um adulto saudável.

Numa estimativa feita, tendo como base a ilha de São Vicente, o ICE indica que são precisos cerca de 20.400 escudos mensais para garantir que uma pessoa tenha acesso a um conjunto de bens e serviços básicos. O valor inclui despesas com alimentação, água, electricidade, gás butano, comunicação e habitação, excluindo, contudo, serviços como educação, saúde e transportes.

Marcos Cruz afirma que a recolha dos dados teve em conta os preços mais baixos dos bens e serviços.

“São cerca de 20.373 escudos para que uma pessoa possa viver de forma muito básica, sem margem para gastos extraordinários. Foi definida uma dieta extraordinária, com produtos locais, que de uma forma mínima possível uma pessoa deve consumir para suprir as suas necessidades básicas. Fomos conservadores na recolha dos preços, que é o mais baixo, e na baixa qualidade dos produtos”,nota.

Segundo o mentor da iniciativa, a proposta do ICE mostra que“ há um grande desfasamento entre o salário mínimo nacional e as necessidades das pessoas”.

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Autoria:Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,26 jul 2022 18:59

Editado pormaria Fortes  em  27 jul 2022 17:43

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