“O serviço mínimo em curso não consegue responder às necessidades em caso de chuvas fortes”, lamentou Carlos Teixeira, em declarações à Inforpress, explicando que foi solicitada a requisição civil ao Governo levando em consideração a época da chuva que costuma ser “muito turbulenta” na capital.
Para o comandante dos Bombeiros da Praia, quando as pessoas dizem que o serviço mínimo é suficiente para responder às necessidades do município é porque “desconhecem a realidade da capital”.
Os bombeiros da Praia estão em greve desde o dia 01 de Agosto, por tempo indeterminado.
Em declaração à Voz da América, o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, explicou que o Governo não fez a requisição civil, tendo em conta que houve um “acordo entre as partes para salvaguarda dos serviços mínimos”.
“A situação, de facto, merece uma ponderação entre as partes para que cheguem a um acordo e, efectivamente, a greve seja suspensa. A Câmara Municipal da Praia, na sequência das negociações com o sindicato dos bombeiros, chegou a um entendimento relativamente aos serviços mínimos que deveriam ser prestados”, alegou o governante, acrescentando que, havendo o cumprimento dos serviços mínimos acordados, “o Governo não pode decretar a requisição civil”.
Segundo dados da Meteorologia e Geofísica Centro de Análises e Previsões Especiais (CAPE), o estado do tempo no arquipélago continua condicionado por uma onda tropical, confirmando as previsões emitidas nos últimos dois dias.
Níger, um país do Sahel, à semelhança de Cabo Verde, está, desde Junho, a ser afectado por chuvas torrenciais que já causaram 82 mortos, 102 feridos e 118.191 vítimas, segundo a Direcção Geral de Protecção desse país.
O balanço também indica a morte de 652 cabeças de gado, bem como a destruição de 24 salas de aula, 144 espigueiros e 14,4 toneladas de alimentos.