Gilberto Silva avançou esta informação à imprensa, à margem da visita realizada conjuntamente com o director regional do PAM, Christopher Nikoi, ao armazém da Ficase, sito em Achada Grande Frente, para constatar ‘in loco’ os produtos alimentares oferecidos a Cabo Verde, no âmbito do apoio alimentar para o reforço da alimentação escolar.
“Dos produtos que chegaram são a massa espaguete e também o óleo alimentar, até ao final de Outubro vão chegar os demais produtos, refiro-me aos feijões, mas também o milho, açúcar e o leite que irão chegar nos próximos tempos, portanto, até ao final de Outubro vamos ter todos os produtos alimentares”, afiançou.
Conforme avançou, dos produtos que já chegaram, o espaguete já começou a ser distribuído para outras ilhas, acrescentando que nos próximos dias o óleo alimentar será igualmente enviado para as cantinas escolares das diferentes ilhas.
Disse ainda que o óleo alimentar que chegou foi enriquecido em vitamina D e que houve “toda a atenção” na escolha dos produtos, tendo em conta os objetivos que se tem do ponto de vista nutricional nas escolas.
“Não vamos sair muito daquilo que é a tradição da ementa escolar, mas o que se vai fazer é o reforço do programa alimentar escolar com estes produtos e vamos tentar na medida do possível adquirir mais produtos sobretudo a carne e outros produtos que trarão vantagens e irão actuar como complemento das proteínas”, asseverou.
Destacou a importância desta parceria, orçada em 1,5 milhões de dólares, e que se destina a alimentação de cerca de 90 mil alunos na escola, considerando que os produtos oferecidos “são essenciais” para a confeção da alimentação escolar no dia a dia
Assinamos um protocolo com o PAM em cerca de 1,5 milhões de dólares para o reforço do programa alimentar escolar, mas o que se pretende é que cheguemos a 2,5 milhões de dólares e que os produtos cheguem para um período de dois anos lectivos.
O Governo e o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas assinaram hoje um protocolo de cooperação, orçado em 1,5 milhões de dólares, para o reforço do programa alimentar escolar no País.
Em Cabo Verde, o Programa Nacional de Cantina Escolar foi iniciado em 1979 com o apoio do PAM para aumentar as matrículas escolares, combater a fome e cobrir as necessidades nutricionais dos alunos.
Em 2010, quando Cabo Verde transitou para um país de rendimento médio, o programa tornou-se totalmente administrado pelo Governo, tornando-se o primeiro programa nacional de alimentação escolar na África Ocidental.
Actualmente, este programa abrange 788 escolas e apoia 89.715 alunos do pré-escolar, primário e secundário que representam 16% da população total.