Em declarações à Inforpress, Joel Barros explicou que, a avaliar pela produção do pasto e pela recarga dos aquíferos, o ano agrícola no município do Porto Novo é já considerado “positivo”, mesmo perante a questão de pragas, que está a pôr em risco a produção do milho e do feijão.
Avançou que, apesar de, este ano, ter chovido muito no Porto Novo, “nem sequer um terço (1/3) dos terrenos agrícolas de sequeiro em todo o concelho foram semeados”, mas disse ter “a consciência” de que a praga do cartucho-do-milho está a colocar em risco, sobretudo, o cultivo do milho.
“Temos a consciência de que, efectivamente, o combate a esta praga está a ser difícil por razões conjunturais. Tem sido um trabalho árduo dos técnicos do MAA. O método biológico utilizado não está a ter a eficácia com a rapidez, que se deseja”, notou o delegado do MAA, que voltou a pedir o apoio dos agricultores no combate à praga.
Mesmo perante o alastramento da lagarta do cartucho-do-milho por todo o concelho, o ano agrícola é “positivo”, já que a questão do pasto e do reforço do caudal das nascentes está assegurada, avançou este responsável.
No caso específico do Planalto Norte, onde os agricultores mostram-se “desalentados” com a propagação desta praga, Joel Barros disse que, por ser uma zona onde a principal actividade económica é a criação de animais, o ano agrícola é considerado positivo, uma vez que o pasto está garantido.
Além disso, todas as cisternas familiares e comunitárias nesse planalto estão cheias de água captadas pelas chuvas, disponibilidade que, durante os próximos meses, garante o abeberamento do gado, assegurou a mesma fonte.
Porém, face à disseminação da lagarta do cartucho-do-milho neste município, o MAA vai reforçar o combate à lagarta do cartucho-do-milho, com a afectação de mais biopesticidas e colocação de mais trichogramma, o inimigo natural desta praga, que, desde 2016, afecta a agricultura no arquipélago.