CMSV contesta falta de equipamentos para trabalhadores do saneamento

PorLourdes Fortes, Rádio Morabeza,28 out 2022 12:12

A Câmara Municipal de São Vicente (CMSV) nega a falta de equipamentos para os trabalhadores do saneamento. A autarquia está aberta ao diálogo, para analisar o caderno reivindicativo.

Quem o diz é José Carlos da Luz, vereador que tutela a pasta, numa reacção ao protesto realizado esta quinta-feira por um grupo de trabalhadores que reclamam, sobretudo, "da falta de equipamentos de protecção”.

“As reivindicações não têm razão de ser. Distribuímos equipamentos várias vezes. Anteriormente usavam calças e camisas, deixaram de os usar, alegando calor. Substituímos as camisas por polos, mesmo assim tem sido difícil fazer com que usem os equipamentos. Há cerca de dois anos distribuímos botas para todos, não usam as botas”, comenta.

Segundo o vereador, a autarquia tentou um encontro com o sindicato que representa os trabalhadores para 21 de Outubro, mas o SIACSA não se terá mostrado disponível, alegadamente “por motivos de agenda”.

“Foi-nos comunicado que o sindicato só pode sentar-se com a Câmara Municipal a partir de 10 de Novembro”, afirma.

José Carlos da Luz reitera que a autarquia está disposta a analisar as reivindicações, mas sublinha que há pontos em que a CMSV não vai ceder.

“Falam numa reivindicação de período único de trabalho até às 14h30. Não podemos aceitar. Temos uma ilha limpa e a Câmara Municipal quer manter esse desiderato. Neste sentido, não podemos ceder, o pessoal de limpeza pública faz um trabalho específico, pensamos e achamos que este trabalho deve ser feito em dois períodos, sem ultrapassar oito horas de trabalho. No entanto, se for necessário fazer trabalho extraordinário, aos sábados e domingos, pagamos as horas extras", garante. Quanto ao aumento salarial, o vereador afirma que “não é a câmara que decide”.

“Portanto, se o governo e os sindicatos decidirem por aumento salarial, nós acatamos. E devo dizer que devemos ser a única Câmara que paga 15.300 escudos como o valor mínimo que um colaborador recebe, mais o valor pago pelas horas extraordinárias”, refere.

À Rádio Morabeza, o responsável local do Sindicato de Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil, Agricultura, Florestas, Serviços Marítimo e Portuário (SIACSA), sindicato que representa os trabalhadores, confirma “a indisponibilidade” para se reunir com a Câmara Municipal antes de 10 de Novembro.

“Foi enviada uma nota para a Câmara em finais de Setembro e não tivemos uma resposta, o vereador de saneamento acabou por nos responder, através de e-mail, quando foi contactado pela comunicação social sobre o protesto. Marcou-nos um encontro com menos de 24 horas. Também temos a nossa agenda cheia, conforme lhe dissemos, temos uma agenda até 10 de Novembro, superlotada”, diz.

Heidy Ganeto assegura que, estando “ultrapassada” a questão da agenda, o sindicato vai solicitar um encontro com a edilidade, com “foco, na resolução dos problemas dos trabalhadores".

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Autoria:Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,28 out 2022 12:12

Editado porSara Almeida  em  29 out 2022 13:34

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