A informação foi hoje fornecida à Inforpress pelo director-nacional adjunto da PN para a Área Operacional, Eugénio Fernandes, quem também reconheceu que a criminalidade, particularmente na cidade da Praia, tem atingido níveis preocupantes, e apelou à colaboração de todos nesta questão que considera ser transversal.
“Nesta quadra festiva a Polícia Nacional vai estar fortemente organizada para manter a presença nas ruas, com o objectivo único da prevenção da criminalidade, controlo rodoviário e a manter a própria circulação de pessoas em segurança”, disse o responsável.
Segundo Eugénio Fernandes, os planos de actuação de cada serviço operacional, sendo eles comandos regionais, Comando da Polícia Marítima, Comando da Guarda Fiscal e Comando de Unidades Especiais, serão conhecidos a partir do próximo dia 20 de Dezembro, com cada serviço a ter liberdade de falar do seu plano para este período.
“Sempre tivemos mão dura. Cabe a cada unidade operacional estar presente com maior frequência lá onde for necessário. Ninguém estará durante este período nos gabinetes, toda a gente estará na rua cuidando para dar atenção a todas prováveis questões que poderão haver”, garantiu.
Ainda nas suas declarações, Eugénio Fernandes reconheceu que a situação de insegurança no país tem tido alguns episódios preocupantes, mas alertou que não cabe exclusivamente à Polícia Nacional resolver e prevenir estas situações.
“É um sector transversal e todos devem participar. Quando há pais que deixam os seus filhos menores, de 13 ou 14 anos, frequentarem um bar ou uma discoteca de madrugada, não é bom sinal. Quem deveria cuidar dos filhos menores são os pais. Quando isso não acontece é claro que estaremos a ter tarefas acrescidas em relação à polícia, porque, muitas vezes, é a polícia que tem que ir bater à porta dos pais para lhes pedirem que cuidem de seus filhos que se encontram em determinadas situações”, exemplificou.
Conforme disse, “este pequeno exemplo e muitos outros que têm estado a ocorrer” servem para mostrar que há falhas em termos de controlo de outras partes e que só a polícia não é suficiente.
“O apelo que deixamos é em relação ao comportamento da sociedade civil, porque quando se comete pequenas falhas acaba por resultar em situações que podem prejudicar mais pessoas. A Polícia Nacional não pode estar a correr atrás de cada um para não consumirem álcool nas vias públicas, por exemplo, porque isto é uma questão da educação. Não podemos estar a acatar apenas quando a polícia está atrás de nós”, continuou.