A informação foi avançada à Inforpress pelo delegado do Ministério do Ambiente e Agricultura (MAA) na Boa Vista, Xisto Baptista, que falava do projecto Tartaruga Boa Vista que este ano teve o término do financiamento com que vinha sendo suportado desde 2017 pela Fundação MAVA.
“A boa notícia é o facto de que o trabalho que tem sido feito nos últimos anos terá continuidade com a segunda fase do financiamento do Programa Regional de Conservação Costeira e Marinha da África Ocidental”, informou, precisando que o financiamento será no valor de 530 mil euros, para o horizonte 2023-2026.
Xisto Baptista explicou que o PRCM é um projecto de conservação marinha da zona da África Ocidental que já havia financiado projectos no sector ambiental e marítimo, e que a segunda fase deste permitirá que as ONG, instituições, e a delegação do MAA dêem continuidade ao trabalho que vem sendo realizado na conservação e protecção das tartarugas marinhas.
“Os principais ganhos são visíveis, e acho que a ilha saiu a ganhar com o projecto que foi antes financiado através da Fundação MAVA”, disse, reiterando os “ganhos visíveis” na redução das apanhas do animal marinho, envolvimento e sensibilização das comunidades e das escolas nas acções de conservação neste projecto.
Na parte científica, destacou o envolvimento de estudantes, de investigadores, e cientistas estrangeiros que se deslocam à Boa Vista para realizar trabalhos de final de curso, e investigações científicas, como sendo outros ganhos do projecto Tartaruga Boa Vista.
“Queremos que a todo o trabalho que tem sido feito seja dada continuidade, e temos reparado que as populações locais se envolvem cada vez mais nos trabalhos locais e no projecto de conservação”, frisou, sublinhando a necessidade de haver cada vez maior envolvência das comunidades neste projecto.
A coordenadora científica do PTBV, Leila Almeida, também enalteceu a necessidade de continuar a trabalhar em prol da conservação e proteção das tartarugas marinhas na Boa Vista, que é a ilha mais importante, a nível nacional, e terceiro maior ponto, a nível mundial, no que diz respeito a nidificação, conservação e proteção da tartaruga caretta-caretta.
“Está em vista este financiamento futuro. E vamos continuar a reunir esforços para continuar com esta estratégia deste trabalho único que tem sido feito na ilha da Boa Vista, onde já se entendeu a importância deste projecto”, garantiu, considerando os resultados positivos do Projecto Tartaruga Boa Vista que teve o financiamento da Fundação MAVA, agora findo.