Estas informações foram avançadas pelo presidente do IPC, Jair Fernandes, em declarações à Inforpress, sublinhando que se trata de um projecto “desafiador” que consta do plano de actividades daquela instituição, ter a urbe da humanidade livre de combustíveis fósseis, e que o instituto está a mobilizar recursos para a sua implementação.
“Há outros grandes projectos que são identificados e sinalizados no quadro do plano de actividades exigindo a mobilização de recursos que podem ou não ser disponibilizados esse ano, sito um grande desafio que já também tivemos a oportunidade de socializar com a Unesco que é tornar a Cidade Velha Património Mundial 100% limpa, 100% energia renovável”, precisou.
Para Jair Fernandes, a concretização deste projecto seria um exemplo de “boas práticas” a nível de Cabo Verde, sendo que vai ao encontro dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“Estamos aqui a tocar numa outra agenda dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que tem a ver com o clima com a questão da capacidade de mobilização de energia limpa, e agora é mobilizar recursos para a sua implementação”, reforçou.
Por outro lado, as construções clandestinas na urbe da humanidade assim como nos outros centros históricos classificados como património nacional, continuam a constituir uma preocupação do IPC.
“As construções clandestinas continuam a ser um assunto em pauta não só na Cidade Velha, mas o caso da Cidade Velha lá está por isso a prioridade e a corrida na elaboração do plano de salvaguarda que mais não é que o plano de desenvolvimento urbanístico da Cidade Velha, permitindo precisamente ver todos estes casos dissonantes quais os tratamentos a serem dados”, frisou aquele responsável.
Conforme acrescentou Jair Fernandes, o intuito é criar uma harmonia paisagística, urbanística na Cidade Velha Património Mundial, mas que contém desafios enquanto cidade, lembrando que a mesma ocupa uma área de cerca de 200 héctares com quase 1600 habitantes.
“Ou seja, uma densa ocupação do território, o que interpela não só ao IPC, mas também os outros sectores da governação nomeadamente do ordenamento de território para podermos ter a Cidade Velha que se almeja, aprazível para se visitar, mas também que tem uma narrativa que vá ao encontro das expectativas da comunidade”, salientou.
Jair Fernandes recordou que só no final do terceiro trimestre do ano 2022 o roteiro Turístico da Cidade Velha contabilizou cerca de 10 mil visitantes, dando conta que houve um ‘boom’ dada a abertura da época alta do turismo de cruzeiro a partir do mês de Outubro que acabou por impulsionar em termos numéricos.
“Mas ainda estamos a apurar os números e estou em crer que teremos estes números tanto da Cidade Velha como dos museus, porque são números extremamente importantes do ponto de vista estatístico para podermos saber onde e como investir”, concretizou o presidente do IPC.