A greve, convocada Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços (STCS), foi decidida após uma reunião tripartida de conciliação, mediada e promovida pela Direção Geral do Trabalho, realizada a 18 de Janeiro.
O presidente do STCS, Benito de Paula Gomes, disse à Inforpress que os grevistas reivindicam a atribuição de 30 por cento (%) do produto das coimas aplicadas durante o ano 2021.
No memorando de entendimento acordado com a autarquia, reforçou Benito de Paula Gomes, a mesma tinha prometido liquidar, até o passado Dezembro, o produto de coima que está previsto no Código de Postura Municipal referente ao ano 2021, mas que ainda não se efectivou .
“E durante a última negociação, a autarquia não deu nenhuma previsão quando irá fazer o pagamento, daí que não chegamos a um entendimento”, ajuntou.
Das demais reivindicações, o sindicalista apontou o desenvolvimento profissional, designadamente, promoções e progressões vencidas e não atribuídas, implementação do estatuto da Polícia Municipal e a sua regulamentação e fardamento.
Entretanto, através de um comunicado publicado no Facebook, a Câmara Municipal da Praia considerou a greve como sendo um “ignóbil acto de chantagem”, na medida em que está a exigir a promoção e progressão congelados há vários anos, a participação nas coimas, e também os fardamentos, com prazo fixado para mês de Março próximo.
Conforme justificou a edilidade, foi porposto à corporação que a questão das promoções e progressões seria resolvida com a conversão dos Guardas Municipais em Polícia Municipal.
A CMP justifica que as promoções e progressões não é um problema apenas das Câmaras Municipais em Cabo Verde, apontando que o próprio Governo por meio das leis dos orçamentos do Estado, tem vindo a congelá-los por causa das restrições financeiras do tesouro público.
Quanto à participação nas coimas, afirma que está sobre a mesa por ser uma medida de legalidade duvidosa.