Em declaração aos jornalistas, na cidade da Praia, à margem de um seminário sobre hepatites virais, Ângela Gomes avançou que média de incidência das hepatites tem oscilado ao longo dos anos em Cabo Verde, que tem feitos alguns avanços, destacando que a “cobertura vacinal é altíssima”.
“Essa taxa de incidência às vezes também oscila de acordo com a percentagem da população triada, mas no último ano tivemos 99 casos, contra 250 casos de 2018. Essa taxa tem tendencialmente estado a diminuir ao longo dos anos”, frisou a médica.
Ângela Gomes sublinhou que o país inicia a vacinação das crianças desde as primeiros 24 horas, com uma taxa de vacinação das hepatites acima de 99%, e que as mulheres são instadas a fazer o teste durante a gravidez.
O diagnóstico é indicado em casos clínicos suspeitos e todos os pacientes que têm infeções ou qualquer comprometimento do sistema imunológico, nomeadamente pessoas que vivem com HIV-sida, que são também obrigatoriamente despistados contra as hepatites B e C, referiu.
A diretora apelou às pessoas para diminuírem as complicações, a agir na prevenção, apostar na vacinação, na literacia em saúde e diminuir os comportamentos de risco.
O Dia Mundial das Hepatites Virais é celebrado anualmente a 28 de julho, com o objetivo de ter uma maior consciencialização e compreensão das hepatites virais e dos riscos associados, bem como a melhoria de outras intervenções-chave como o acesso ao diagnóstico e tratamento adequados.
O lema escolhido para assinalar a data este ano é “Hepatite nós não podemos esperar”, e apela a todos os países que melhorem rapidamente o acesso a serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento de hepatites.
Para assinalar a efeméride, o Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) realizou o seminário para promover a informação e sensibilização da população sobre a doença.