Francisco Carvalho disse, na ocasião, que a implementação do projecto, que se enquadra no plano "Praia+Inclusiva", que propõe adaptar os locais de desenvolvimento urbano integrados nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, estabeleceu, nesta primeira fase, contemplar o bairro de Eugénio Lima com a construção de 94 casas de banho, Castelão com 54 e Simão Ribeiro com 58.
Os restantes bairros como Safende, Alto da Glória, Achada Grande Frente e Tira Chapéu, fazem parte da segunda fase do projecto, pois é um processo "extremamente moroso" e burocrático, cujo propósito também é ampliar a rede pública de distribuição de água e ligações internas.
"Eu diria que uma pessoa é menos pessoa se não tiver casa de banho, porque todos nós sabemos que a casa de banho é um espaço de intimidade e satisfação de necessidades pessoais. As pessoas terem que recorrer às ruas retira a dignidade de qualquer pessoa", considerou, destacando a importância da iniciativa na inclusão social das famílias mais vulneráveis.
Segundo o edil, a conclusão das obras está prevista para daqui a três meses, e novos prazos serão estipulados para a retoma da segunda fase do projecto.
"Temos casos de muitas famílias cabo-verdianas lideradas por mulheres, e deve-se imaginar como é indigno para uma mulher ter que gerir uma casa sem casa de banho", pontuou.
Financiado pela União Europeia e implementado pela Câmara Municipal da Praia, em parceria com o Ayuntamiento de Madrid e a empresa Águas de Santiago, o projecto destina-se a agregados familiares pobres de sete bairros da capital considerados mais vulneráveis.
O projecto "Praia+Inclusiva", que propõe construir 462 casas de banho até o final do ano, visa ainda dotar a câmara da capacidade de projectar, financiar, administrar e implementar o Plano Estratégico Municipal de Desenvolvimento Sustentável da Praia (PEMDS).