A informação foi avançada esta sexta-feira à Inforpress pelo responsável da Adega Cooperativa de Chã das Caldeiras, Rosando Monteiro, salientando que o vinho “Chã Branco” foi distinguido no concurso com participação de mais de 800 tipos de vinho de diferentes países.
Rosandro Monteiro disse que a degustação dos vinhos que participaram do concurso deste ano aconteceu nos dias 29 e 30 de Setembro, em Itália, e que a entrega dos prémios está programada para o dia 03 de Dezembro em Turim (Itália), devendo a Adega Cooperativa de Chã das Caldeiras na participar da cerimónia.
“É a primeira vez que a Adega Cooperativa de Chã das Caldeiras participa num concurso internacional de vinho”, disse Rosando Monteiro, mostrando-se satisfeito e com sentido de orgulho pelo facto de um dos seus vinhos ter sido distinguido com a medalha de ouro num universo de mais de 800 vinhos de várias dezenas de países.
“A atribuição da medalha de ouro é o reconhecimento e demonstra que estamos a fazer um bom trabalho. É um estímulo para continuar a trabalhar e a melhorar a qualidade do vinho produzido pela adega”, disse Rosando Monteiro, acrescentando que a sua adega participou também com os vinhos Tinto e Passito que, no entanto, não foram distinguidos, porque, explicitou, no caso de vinho tinto existem determinados critérios e parâmetros.
A Adega Cooperativa de Chã das Caldeiras, destacou Rosando Monteiro, dispõe de um pequeno laboratório de análise dos seus produtos, mas existem situações em que recorre a laboratórios internacionais, nomeadamente das Ilhas Canárias para análise de determinados parâmetros dos vinhos.
O concurso mundial de vinhos extremos é organizado pela CERVIM sob o patrocínio da Organização Internacional dos Vinhos e da Vinha (OIV) e autorizado pelo Ministério das Políticas Agrícolas, Alimentares e Florestais de Itália e dedicado à promoção de vinhos produzidos nas chamadas zonas vitivinícolas “heróicas”.
O concurso seleciona os melhores vinhos provenientes de viticultura extrema com o objectivo de defender e premiar a produção de pequenas áreas vitícolas, escreve a organização na sua página oficial.
Detentoras de uma história distinta e portadoras de uma tradição duradoura, estas regiões abrigam paisagens valiosas e únicas e apostam sobretudo no cultivo de castas locais, sendo que estes verdadeiros “santuários vitivinícolas” podem correr o risco de desaparecer devido aos seus custos de produção consideráveis, dez vezes superiores aos das vinhas de planície.
O objectivo do concurso é realçar as características únicas destes produtos, bem como sensibilizar os consumidores para os aspectos culturais da viticultura de montanha e para o valioso trabalho que os viticultores realizam para salvaguardar o território e o ambiente e para que os próprios consumidores possam apreciar os vinhos.