DNA e projecto TREEMAC iniciam plantação de árvores no Parque Natural da Serra Malagueta

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,18 nov 2023 15:19

A Direcção Nacional do Ambiente (DNA), em parceria com o projecto TREEMAC, iniciou hoje uma campanha de plantação de cerca de 500 árvores frutíferas e endémicas no Parque Natural da Serra Malagueta (PNSM).

Em declarações à Inforpress, o director do PNSM, José Luís Martins, considerou que projectos deste tipo reforçam o conhecimento que cada cidadão deve ter para melhorar a atitude face ao ambiente.

Para este ambientalista, se acções do tipo forem multiplicadas, haverá sempre um contágio positivo e outras associações tentarão fazer o mesmo, apelando assim à adesão de a toda a comunidade a campanhas do tipo ou para plantarem cada um uma árvore, justificando que quanto mais árvores foram fixadas o sequestro de carbono será feito, e Cabo Verde pode ficar coberto de verde.

Questionado sobre os desafios do Parque face às mudanças climáticas, este responsável considerou que as dificuldades são as mesmas das dos países sahelianos com pouca probabilidade de chuva, e onde as mudanças climáticas afectam consideravelmente o meio ambiente, realçando que se não houver uma gestão criteriosa, um conhecimento e envolvimento de todos, o Parque não cumprirá os objectivos para a qual foi criado.

E para driblar esta situação, fazer com que todos se envolvem no processo da conservação, preservação e plantação de árvores, José Luís Martins destaca as campanhas de sensibilização como principais pontos de apoios neste processo, destacando o “bom exemplo” da campanha que está a decorrer no local, envolvendo Organizações Não Governamentais (ONG), entidades do Governo, população local e os técnicos do Parque.

Por seu turno, Vanesa Romero Kutzner, do projecto TREEMAC, explicou que o programa um projecto Euro-Africano, co-financiado pelo programa de Cooperación INTERREG V-A MAC 2014-2020, e tem como objectivo desenvolver acçõe que promovem a melhoria do conhecimento, valorização e gestão da biodiversidade e dos ecossistemas.

Para desenvolver essas acções, salientou que o projecto vai desenvolver estratégias comuns para a conservação e a proteção do ambiente face às alterações climáticas, nomeadamente a criação de infraestruturas ou sistemas verdes e contribuir para a melhoria dos conhecimentos ambientais da população.

Em Cabo Verde, informou que os parceiros do projecto são a DNA e o Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA).

A directora executiva da ONG Lantuna, Ana Veiga, esteve presente nesta acção que se iniciou hoje e vai decorrer também no dia 19, considerando que esta actividade como sendo “muito importante”, pois além de reflorestar o PNSM, também contribui para combater a desertificação.

“É uma actividade de sensibilização que mostra aos participantes a importância que a árvore tem na vida de cada um”, disse, reforçando que, além disso, é preciso lembrar que ela apoia na retenção do solo e que uma maior cobertura vegetal tem um efeito nas mudanças climáticas.

Para esta ambientalista manter a vegetação em Cabo Verde “não é uma tarefa fácil” devido às suas características climáticas, daí a necessidade de todos se envolverem neste processo.

Sobre as plantas endémicas, reforçou que são árvores que há somente numa região, considerando que se deve conservar estes endemismos, porque, segundo advertiu, caso desaparecerem, é todo “um património natural que desaparece” no mundo e que além disso, muitos possuem um valor medicinal.

Neste sentido, deixou um apelo à população para proteger as plantas endémicas, lembrando às ONG, entidades governamentais que têm o dever de passar o conhecimento para que as pessoas possam saber o que são plantas endémicas e quais os tipos de plantas que se tem pelo menos nas proximidades onde cada um vive.

Para os dias 18 e 19, prevê-se a fixação de 500 plantas no PNSM, entre elas endémicas (marmulano, mato- boton, língua-de-vaca e lantisco) e também frutíferas (mangueira e goiabeira).

O projecto pretende ainda oferecer ao viveiro do PNSM cerca de 4.000 exemplares de plantas endémicas, as quais serão posteriormente fixadas pela equipa do PNSM num período mais húmido.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,18 nov 2023 15:19

Editado porSheilla Ribeiro  em  19 nov 2023 15:17

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