De acordo com a Inforpress, o grupo de funcionários do HRJM, contratados pelo Ministério da Saúde (MS), denunciaram a situação e pediram para não serem identificados por “medo de possíveis ameaças”.
Estes alegaram que têm vindo a “sofrer abusos” por parte da entidade patronal relativamente ao atraso no pagamento de horas extras nos últimos quatro anos.
“Temos feito a mesma reclamação nos últimos quatro anos, e sendo ignorados pelos dirigentes principalmente a senhora ministra da Saúde. Este ano já la vão cinco meses de velas em atraso e quando resolvem pagar não nos pagam o valor total, descontam dois meses, fica três meses e depois deixam remontar”, salientaram.
As mesmas fontes afirmaram que estão “indignadas” com a falta de esclarecimento por parte do MS, no que exigiram uma explicação o mais “breve e convincente”.
“Pedimos por favor que a senhora ministra da Saúde demostre um pouco de empatia, pelo menos, se coloque no nosso lugar e imagine passar cinco meses sem parte do salário”, solicitaram.
Os funcionários sublinharam ainda que esperam que a situação seja resolvida até o final deste mês de Dezembro, e ameaçaram que caso contrário partirão para “outros meios”.
A Agência Cabo-verdiana de Notícias informou ainda que tentou, por várias vezes, contactar o director do HRJM, Nilton Sousa, mas tal não teve sucesso.
Entretanto no mês de Setembro de 2022, em conversa com a Inforpress, Nilton Sousa frisou que a situação das velas em atraso estava “em vias de ser resolvida”.
Aquele responsável explicou que das informações que tinha na época, houve um erro no tratamento dos dados administrativos, mas estes foram devidamente identificados e a situação seria “normalizada”.
Entretanto, o dirigente relembrou a situação que o País tem passado nos últimos anos, o que tem culminado no atraso do pagamento das velas.
Segundo Nilton Sousa, trata-se de um número “restrito” de funcionários que estão com as velas em atraso e garantiu que “nunca” deixaram de as receber, mesmo com atraso.