No ano passado, as ofensas corporais aumentaram 3,9%, quando comparadas com 2022, representando 30,3 % do total de crimes contra pessoas.
A Violência Baseada no Género continua a representar mais de 20% dos crimes contra pessoas, registados pela Polícia Nacional, apesar da redução de 3% face a 2022.
Os dados foram apresentados hoje, em São Vicente, pelo Director Nacional da Polícia Nacional, Emanuel Estaline Moreno, na abertura do XVIII Conselho de Comandos da Polícia Nacional.
“Face à complexidade do tipo das ocorrências e dos novos modos de operando dos delinquentes e da ousadia que temos vindo a assistir, é imperioso continuarmos a adoptar medidas de prevenção mais eficazes, ajustadas ao ilícito criminal. Igualmente, devemos continuar a investir nos meios humanos e na modernização dos sistemas, prosseguir com o enfrentamento da delinquência juvenil, com a repreensão das inseguridades, bem assim o combate do tráfico de estupefacientes e a criminalidade organizada em estreita colaboração com os órgãos de polícia criminal, como objetivos tangíveis e indispensáveis” adverte o Director Nacional da Polícia Nacional.
Durante 2023, foram registados 39 homicídios, mais 6 do que no período homólogo, a maioria na Praia, com 14 casos.
Os crimes contra património registaram uma ligeira diminuição, apesar de continuarem a representar mais de metade das ocorrências anuais, com 56,2%.
As operações policiais aumentaram 19%, em 2023, face a 2022, de 197.225 para 254.801, resultando na detenção de 4250 pessoas.
Foram realizadas 33 operações especiais de prevenção criminal, um aumento de 560% quando se compara com 2022.
A Polícia levou a cabo, 169 buscas, número 4% superior ao registado em 2022.
19.080 pessoas foram conduzidas ás unidades policiais para identificação.
“Apesar das limitações, constrangimentos e dificuldades de varia ordem, a PN conseguiu materializar o seu plano de actividades com importantes realizações de forma muito positiva que marcou os resultados alcançados nos vários sectores sob a sua responsabilidade, principalmente em relação à situação criminal com tendência evolutiva, à semelhança do que vem acontecendo noutras latitudes, principalmente no seio dos jovens após o período de pandemia”, garante Emanuel Estaline Moreno.
A Polícia Nacional dá conta da apreensão, no ano passado, de 430 armas artesanais, 215 de fogo convencionais, e 3.077 armas brancas. Menos 26%, (-)9% e (-)27%, respectivamente.
Foram aprendidas 4.017 munições, queda de 56% em relação ao total apreendido em 2022.
A nível da sinistralidade rodoviária, houve um aumento de 1,1% do número de acidentes, fixando-se nos 5.547, mais 61 do que em 2022.