“A formação só tem valor se consegue mudar a mentalidade das pessoas, só têm valor se conseguir mudar a mentalidade do formando, porque se não, não tem valor nenhum. Aqui há um grande desafio, que é aquilo que aprendemos em teoria, dentro da sala de aula, ser adaptado à nossa realidade. No caso da Guarda Municipal, agora a Polícia Municipal, nós temos um grande desafio, que é o desafio de todos os dias, que é a forma como a agora Polícia Municipal vai lidar com as rabidantes. A Polícia Municipal, ao abordar as rabidantes, deverá fazê-lo em consciência e nunca dizendo estou a fazê-lo porque o presidente mandou”, afirmou.
O ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, considera que a formação destes polícias municipais representa um novo paradigma na forma de se fazer o policiamento comunitário.
“Estou certo que a Polícia Municipal da Praia irá também colaborar sobremaneira para uma mudança de paradigma do policiamento comunitário municipal nesta cidade”, declarou.
O representante dos formados, Emanuel Correia, afirmou que a formação lhes permite transformar actividades e planeamentos em realizações.
“Agora é o momento ideal para encararmos a nova realidade, novos desafios e novas perspectivas, que o tempo seja bom o suficiente e que permita que cada um se adapte da melhor forma possível”, afirmou.
O curso de formação da Polícia Municipal inscreve-se no âmbito do Protocolo de Colaboração celebrado entre a Direção Nacional da Polícia Nacional e a Universidade Lusófona de Cabo Verde e compreende uma formação de índole académica e técnico-profissional que incide sobre diversas áreas curriculares previstas na Lei, como formação jurídica, técnico-policial, psicossocial, de educação física e áreas complementares - socorrismo, prevenção do local do crime, língua portuguesa, informática, além do estágio profissional.