Estas decisões saíram do encontro realizado esta manhã na cidade da Praia, envolvendo agentes de segurança prisionais, Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços e a Associação de Segurança Prisional de Cabo Verde, que revelaram à imprensa que a situação se complicou com a desistência dos 99 agentes estagiários que aguardavam pela nomeação.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços, Benito de Paula Gomes, explicou que os agentes em causa foram formados ano transacto, pelo que logo de seguida iniciaram o estágio curricular, de modo que em Janeiro começaram o estágio probatório, mas que em Junho comunicaram que iam deixar o trabalho por falta de remunerações.
Preocupação partilhada pelo presidente da Associação dos Agentes de Segurança Nacionais, Cláudio Tavares, que se mostra inseguro com o número reduzido dos agentes na deslocação dos recursos das cadeias nacionais para os tribunais, exemplificando mesmo de caso em que apenas dois agentes chegaram a transportar sete reclusos para o Tribunal de Assomada.
“A situação está delicada mesmo e está a arrastar-se. Neste momento não conseguimos dar vazão. Se até o dia 15 deste mês as nossas reivindicações não forem atendidas, vamos entrar em greve de três dias, a partir de 30 de Julho”, alertou, sustentando que “só a boa vontade da ministra da Justiça não chega para resolver os problemas que se arrastam”.
Este esclareceu que os guardas prisionais aguardam há um ano pela resolução de um caderno reivindicativo, e que exigem a promoção, a implementação do Cartão de Identificação e fardamento, sublinhando que os seguranças prisionais se encontram inseguros nas suas tarefas.