A organização de conservação ambiental e desenvolvimento sustentável que classificou o avistamento de “raro”, pelo facto de em Cabo Verde a ave, de nome científico Bulweria bulwerii , ter registos de nidificação apenas nos ilhéus Raso, Rabo-de-Junco e Rombo.
A ave foi encontrada “meio desorientada” por Jusimar Misael, perto do centro de mergulho na praia de Chaves, onde trabalha, que disse que ao constatar que se tratava de uma ave diferente entrou logo em contato com a Bios.Cv e foram buscar o animal.
Após ter sido feita uma avaliação pela equipa de conservação das aves marinhas da Bios.Cv, a ave foi anilhada e libertada sã à Natureza, segundo a organização.
De acordo com o site Aves Marinhas de Cabo Verde, “João-preto” é uma ave marinha de hábitos noturnos, de pequeno porte, de plumagem totalmente castanha escura, excepto pelas penas de cobertura das asas que são castanho-pálido, as patas são negras, o bico é grosso e escuro e termina em gancho.
A Biosfera Cabo Verde, por seu lado, classifica “João-preto” como uma das espécies de aves marinhas mais difíceis de estudar devido à falta de mais informação relativamente à sua ecologia, cujo nome Bulweria bulwerii foi dado por ter sido descoberto nas Ilhas Desertas Portuguesas pelo padre escocês James Bulwer.