Devido à acumulação de água, depois da queda das chuvas, a DNS recomenda eliminar qualquer possível foco, já que tudo o que acumula água é um foco de mosquito e um perigo para a saúde pública.
A Directora Nacional da Saúde sublinhou que a população deve colaborar com as equipas de pulverização, que utilizam um produto eficaz na eliminação de mosquitos adultos e que tem uma acção de quatro a seis meses.
“Ele é um produto inócuo à saúde humana, não traz nenhum prejuízo, é simplesmente deixar as pessoas entrarem nas casas para fazer a pulverização, respeitar o tempo para entrar nas respectivas casas e acaba por ser um trabalho muito mais benéfico para a prevenção, porque o produto, em princípio, tem uma acção de quatro a seis meses nas casas das pessoas para o efeito de mosquitos adultos”, garantiu.
Entretanto, frisou que a medida mais eficaz continua a ser a prevenção, com a eliminação de locais de água parada.
Para responder ao surto, o Hospital Central da Praia criou um espaço específico para atendimento de pessoas com sintomas de dengue, desafogando o banco de urgências.
Além disso, os centros de saúde terão horários alargados e um reforço de meios para garantir o atendimento adequado à população.
Ângela Gomes ressaltou a importância do uso de repelentes, roupas de manga comprida e medicação adequada, como paracetamol, para controlar os sintomas.
Casos graves que apresentam sintomas como dor abdominal intensa, manchas no corpo ou sangramento, devem ser imediatamente atendidos numa unidade de saúde.
Com a possibilidade de aumento de casos devido às chuvas, as autoridades reforçam a necessidade de vigilância redobrada por parte da população para evitar a propagação do vírus.
Quer dengue 3, quer dengue 1, que é que são os dois serotipos que estão a circular no país, têm potencialidade para desenvolver doenças graves.
“Quer dengue 3, quer dengue 1, que são os dois serotipos que estão a circular no país podem desenvolver doenças graves. Agora, essa probabilidade de desenvolvimento de doenças graves também dependem do hospedeiro. Ou seja, do próprio indivíduo tiver idade avançada, se tem doenças crónicas, nomeadamente doenças cardíacas, ou outras doenças debilitantes e também as pessoas que convivem com doenças que comprometem o sistema imunológico que é o sistema de defesa do corpo, crianças, grávidas, são sempre pessoas que definimos como o público mais vulnerável a desenvolver doenças graves”, avançou.
Quanto as duas mortes confirmadas desde o início da epidemia de dengue, informou, trata-se de um homem de 98 anos com várias doenças crónicas e outro de 35 anos com complicações de saúde.
O Boletim diário da Dengue mostra que ontem foram detectados 234 casos suspeitos da doença dos quais 144 tiveram diagnóstico positivo. Praia continua a ser o concelho mais afectado com 3677 casos confirmados.
Actualmente o país contabiliza 7747 casos notificados, entre eles 4944 confirmados e 2 óbitos acumulados.