Acarinhar propõe criação de centro de dia para acolher crianças e jovens com paralisia cerebral

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,6 out 2024 17:09

​A presidente da Associação das Famílias e Amigos das Crianças com Paralisia Cerebral (Acarinhar) propôs hoje a criação de um centro de dia para acolher crianças e jovens com paralisia cerebral e evitar que vivam sozinhos em casa.

Teresa Mascarenhas, que falava  na cidade da Praia, à margem de uma acção desportiva sob o lema “Um Dia de Desporto Inclusivo”, no âmbito do Dia Mundial da Paralisia Cerebral, celebrado hoje, destaca que foram alcançados “ganhos significativos” ao longos dos anos, mas sublinha que ainda há muito por fazer.

"Não têm transportes adaptados, não têm uma resposta educativa própria, não têm centros culturais, de desporto, de música e de dança, ou seja, Cabo Verde precisa de centros para acolher crianças e jovens com paralisia cerebral durante dia onde serão alfabetizados, trabalhada a parte artística e desporto de modo a melhorar a qualidade de vida e a sua inclusão na sociedade”, afirma.

Para a presidente da Acarinhar, o dia de hoje constitui uma oportunidade para mais uma vez chamar a atenção e sensibilizar a sociedade civil, as famílias e toda a comunidade em geral sobre as pessoas com paralisia cerebral que continuam a ser confrontadas com muitas barreiras que dificultam a inclusão.

“É uma área que ainda precisa de muito mais, existem ainda muitas barreiras que dificultam a inclusão, nomeadamente, as barreiras arquitectónicas, os preconceitos, bem como a falta de transportes adaptáveis”, aponta

Segundo diz, há 17 anos que a Acarinhar tem estado a trabalhar em prol das crianças e jovens com paralisia cerebral, com acções de inclusão, trazendo essas pessoas para actividades públicas e mostrar que também têm direito de participar no mesmo espaço com as pessoas “ditas normais”.

"O país está  melhor do que há 17 anos, com a existência de  políticas inclusivas onde praticamente todas as crianças e jovens com paralisia cerebral tem uma pensão social, mas ainda falta um longo caminho a percorrer, tendo em conta que a maior parte dessas crianças e jovens continuam em casa isolados", refere.

Para Teresa Mascarenhas, tudo aquilo que é possível fazer com pessoas e crianças ditas normais é possível fazer também com crianças e pessoas com paralisia cerebral.

"É por isso que hoje decidimos juntar, num só espaço, crianças e jovens com e sem deficiência na área do desporto para uma manhã de desporto inclusivo", explica.

Estima-se que existam, em Cabo Verde, cerca de três mil crianças e jovens com paralisia cerebral.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,6 out 2024 17:09

Editado pormaria Fortes  em  7 out 2024 14:40

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