O encontro, que aguarda a presença de cerca de 150 pessoas, segundo o director-geral do Instituto Diplomático de Cabo Verde, António Nascimento, irá permitir, no quadro externo, buscar soluções para a segurança marítima sustentável e reforçar parcerias estratégicas e cooperações internacionais.
De igual modo, facilita oportunidades que aparecem devido ao aumento da pressão nas rotas do Atlântico que resultam como alternativa do Canal Suez tendo em conta a situação que se presencia na região.
De acordo com António Nascimento, dentre os objectivos fundamentais do evento destaca-se a abordagem holística dos permanentes desafios impostos ao Estado que abrange a segurança marítima, o que exige, frisou, um diálogo assertivo e centrado no plano nacional, na segurança humana e no desenvolvimento.
“Cabo Verde que pela dimensão da zona económica exclusiva é um dos maiores Estados marítimos da CEDEAO, abraçou esta iniciativa desde a primeira hora, e acolhe o evento (…) em linha com a atitude que tem tido de contribuir para os esforços colectivos da comunidade internacional”, explicou, acrescentando a meta do reforço da segurança, sustentabilidade e resiliência do sector.
O gestor de projectos na Organização Marítima Internacional (OIM), Phil Heyl, salientou que a agência, como organismo especializado, é a principal autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU) para a segurança e protecção marítima, acrescentando que a conferência viabiliza as melhores práticas e soluções entre os parceiros.
Ao mesmo tempo, esclareceu, que estabelece cooperações internacionais e intersetoriais para garantir a melhoria e sustentabilidade do sistema, correspondendo ao desafio de confiabilidade e eficiência da indústria naval.
Francisco Oliveira, em representação da iniciativa Atlantic Center, recordou Cabo Verde como parceiro fundador da organização, que conta com 23 Estados-membros, salientando que desde a sua fundação, em 2021, tem sido parceiro activo em todas as actividades com realce para os cursos de segurança marítima ministrada junto dos parceiros.
Francisco Oliveira ressaltou o “gosto” do órgão em associar o esforço de contribuir para a sociedade cabo-verdiana, no diálogo político, no desenvolvimento das capacidades ao nível da economia azul e da segurança marítima.
Para o organismo, referiu, a segurança marítima deve ser encarada de forma abrangente, esclarecendo que todos os desafios a serem abordados na conferência são interconectados tanto na sua dimensão e projecção no Oceano Atlântico.
“O propósito desta conferência é aproveitar ao nível do diálogo político, dos contactos que é trazida para a conferência e aproveitar que com este contacto consiga encontrar uma influência, digamos assim, para a sociedade cabo-verdiana, para a África Ocidental e aos temas associados ao espaço Atlântico” explicou.
A cerimónia de abertura da conferência, que irá decorrer na sala de conferências do Banco de Cabo Verde (BCV), deverá ser presidida pela ministra de Estado, da Defesa Nacional, da Coesão Territorial e ministra da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Janine Lélis.