Segundo a presidente do INSP, Maria Luz Lima Mendonça, a revista Cabo-verdiana de Investigação em Saúde tem como foco a saúde e os seus determinantes e a investigação científica feita em Cabo Verde e no mundo.
“É a primeira revista do género que se lança em Cabo Verde, uma revista conceituada, já registrada nas bases internacionais da Escrita Científica e dos grandes jornais científicos e o objectivo é dar a conhecer mais de perto e rapidamente a investigação científica na área da saúde e dos seus determinantes que se fazem em Cabo Verde e no mundo”, destaca.
Maria Luz Lima Mendonça espera que a revista tenha algum reflexo também nos outros países que não falam a língua portuguesa. “A ideia também é lançar a revista em formato, nas outras línguas, particularmente na língua inglesa, que é a língua da ciência, para ter mais acessos”.
Outro objectivo a médio e longo prazo, segundo a presidente do INSP é indexar a Revista Cabo-verdiana de Investigação em Saúde em outros jornais internacionais que também trabalham a ciência, “para que realmente o que é feito em Cabo Verde possa ser visto nos outros cantos do mundo, mas sobretudo que ajudem a tomar decisões baseadas em evidências”.
Conforme a presidente do INSP, a criação da Revista Cabo-Verdiana de Investigação em Saúde (RCIS) surge para complementar e reforçar essa dinâmica, oferecendo um espaço destinado à publicação de estudos e artigos científicos na área da saúde e seus determinantes, bem como à articulação entre investigadores.
“Acreditamos que é um marco importante para o desenvolvimento da ciência em Cabo Verde, porque vai permitir aos investigadores nacionais, particularmente os que trabalham sobre a saúde e seus determinantes, fazerem divulgação dos seus trabalhos em português e em inglês e a revista pressupõe que os artigos possam ser traduzidos para inglês”, indica.
Por outro lado, disse que os indicadores de saúde em Cabo Verde estão no bom nível, “estão bem-conceituados, mas ainda há grandes melhorias que devem ser feitas e essa melhoria dos indicadores é feita com base na ciência e na evidência científica e a revista é mais um passo importante por esse processo”.
Nesta mesma linha, ressaltou que o Instituto Nacional de Saúde Pública tem um papel importante e uma missão na investigação científica e tecnológica sobre a saúde e seus determinantes, tem dinamizado muita investigação científica em Cabo Verde, não só a nível do próprio instituto, mas também em parceria com outras instituições de investigação.
A presidente do INSP, espera que a revista tenha muitos sucessos, “contamos com a colaboração de investigadores e desde já aproveito aqui também para agradecer os investigadores que participaram nesta primeira edição, foram investigadores do renome que foram convidados particularmente e que aceitaram elaborar artigos para essa revista.
Maria Luz Lima Mendonça explica que a revista conta com artigos de investigadores de Portugal, de Moçambique, de Cabo Verde e de outros países. “Inclusive, um dos artigos também fala sobre a ética, que é uma questão importante e fundamental na investigação científica, particularmente na área da saúde”, relata.
Em relação à periodicidade, disse que a revista será publicada uma vez por ano, nesta fase inicial. “Há todo um processo para a publicação de uma revista científica, apesar de estarmos a contar, lançar um número extraordinário este ano de 2025, tendo em conta que é o ano do cancro. Vamos fazer um lançamento extraordinário no mês de Novembro, sobre os artigos relacionados com o cancro que já foram publicados por autores cabo-verdianos”.
Mas sublinhou que a intensidade do envio dos artigos também vai deitar depois a periodicidade da revista. “Acredito que muito provavelmente poderá ser bianual e depois quatro vezes ao ano. É um passo a passo, esta é a primeira revista e, portanto, há que ir com muita calma, mas também com muita firmeza, porque requer a responsabilidade”.